A casa onde o Amor morava

Pode parecer loucura, mas o Amor mora em uma casinha talvez parecida com a sua. A casa tem janela, porta e telhado. Tem uma escada, um banheiro e uma chaminé. É pintada de várias cores, já que Amor estava indeciso de qual cor usar, afinal, a alegria que ele sentia todos os dias o fazia mudar toda hora a sua cor preferida. Resolveu então pintar a casa com várias cores e assim ficar contente todos os dias.

Ele morava lá, na casinha que era sua, mas trabalhava bastante, precisando sair de casa várias vezes e sem horário certo. Saía às vezes de tarde, saía às vezes de madrugada, seja qual for o horário era sempre difícil conciliar uma vida normal com um horário normal. Mesmo assim, sua alegria era contagiante e seu desejo em vencer as barreiras de qualquer mau sentimento também. Amor não estava cansado de nada, nem mesmo do fato de quase não ficar na sua casinha.

Mesmo assim, a gente precisa falar sobre a casa do Amor, pois é lá onde nossa história começa. Dentro da casa, em um dos cômodos, havia uma porção de cartas de amor. Amor tentava responder cada uma delas, mas dificilmente encontrava sempre a resposta exata para um sentimento às vezes não muito feliz; como a dor de um coração partido. Na casa onde o Amor morava havia finais felizes, tristes e recomeços alegres. Havia encontro de antigas paixões separadas pelo tempo e novas paixões que aguardavam pela pessoa certa sem hesitar que o dia chegaria.

Havia despedidas de entes queridos, havia amor, havia esperança e a falta dela. Amor lidava com todas as cartas, com todas aquelas vidas e sem querer estava fazendo papel de cupido em certas ocasiões, mas também fazia papel de pai exigente em outros momentos.

Era assim sempre; hora manteiga derretida, ora manteiga dura recém tirada da geladeira. Amor sabia trabalhar bem com todos e conhecia que mais importante do que saber como responder todas as cartas de amor, era fazer as pessoas das cartas conhecerem o Amor verdadeiro e que nunca iria morrer, doer ou terminar.

Amor tinha duas missões, portanto, sendo a primeira delas não desamparar os corações apaixonados e magoados e a outra era demonstrar nesses corações uma vida regada ao amor verdadeiro do Dono do mundo e dos sentimentos. Amor morava em uma casinha pequena cheia de cartas de amor que precisam de respostas e conselhos, mas o maior dever era fazer todas aquelas pessoas terem a chance de salvar o próprio coração de qualquer dor que pudesse estar presente na vida delas, pelo simples fato de viverem em um mundo hostil.

Amor então morava em uma casinha pequena e lá ele fazia, todos os dias, todos conhecerem o maior amor do mundo. A casa onde o Amor morava era o lugar do verdadeiro encontro amoroso. Até hoje Amor continua fazendo isso: respondendo cartas de quem precisa de orientação sobre o que fazer. Somos assim, precisamos de alguém que nos direcione, que nos entenda e que o conselho seja bom. Às vezes o conselho não será bom aos nossos ouvidos, mas a certeza de ser feliz e encontrar a solução para nossos problemas aparecia na casa onde o Amor morava. O Amor pediu para eu avisar que o Dono do amor verdadeiro era maior e muito mais lindo do que todos os detalhes de sua casinha colorida e nome dEle é: Deus

Palavras de Verona
Enviado por Palavras de Verona em 22/01/2019
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