Oh Maria minha

Nunca vi formosura como a de Maria, formosura até de nome, aquele cabelo dorado como ispiga de mio coisa bem boa de pegar na mão e cherá, vejo ela dia de sol e dia de chuva, pra vê o amô não tem tempo ruim não seu moço, oh muié bunita! cherosa por dimais, tem chêro de flor do campo e eu no suadô nesse sol di racha o chão e as carne da gente, mar num brilha mais que os zói dela não sinhô, não mermo. Eu sô um caboclo de sorte, tenho minhas cabrinha de leite e minha roça de macaxera, logo trago Maria pra infeitá meu cantinho, pra enchê de amor e carinho e a casa de fio. Oh pra que mió?