O Domador de Cavalos  (Romântico)
 
       
Lênia olha pela vidraça de sua janela e reflete mais uma vez sobre a sua vida sem graça, sem emoções e que passa rápido demais. Está com o casamento marcado para dali seis meses. Sabe que se trata de um casamento arranjado pelo seu pai, que pagou bem ao pretendente, para desposá-la, e que para a sociedade da época, ela já passara da idade de se casar. Entretanto, não fora por falta de encantos que Lênia continuava solteira, e sim, por não ter medo de emitir suas opiniões, fato raro para sua época, onde moça de família apenas se preparava para cuidar do marido e de suas obrigações domésticas. E isso assustava por demais os homens.

          Vida sem graça, vida sem emoção, nada podia fazer, nem opiniões podia emitir. Desejou por vezes ter nascido homem. Queria caçar, ter amigos, conversar, beber até tarde, dar risada das trapalhadas das pessoas, enfim, ser ela mesma, mulher, porém sem medo e sem subterfúgios para viver seus sonhos. Certo dia, caminhava por uma das estradas da fazenda, quando viu ao longe, um homem cuidando dos cavalos. Parecia que homem e animal eram um só, num balé conduzido. A visão foi mágica. Não pensou duas vezes e foi em direção ao homem, queria vê-lo de perto, conversar com ele, descobrir como aquilo era possível. Foi interrompida em seus pensamentos pela empregada, que berrava chamando por seu nome, avisando que o seu noivo a esperava para um passeio. Olhou desolada para o homem que estava a certa distância, e pode ver que ele também a observava, com ar de mistério. E aquele olhar mexeu com o seu íntimo, despertando mais do que curiosidade no seu ser.

           Voltou à realidade e passeou com o seu futuro marido. Era um homem chato, egoísta, só falava dele e da sua carreira, dos seus negócios. A charrete passava pela estrada e logo adiante estava o domador. Ao ver a aproximação do casal, o domador ficou de frente para a estrada e seu olhar foi de encontro ao olhar de Lênia, que por sua vez, se perdeu nos olhos castanhos e misteriosos dele. A emoção tão desejada, minutos antes, aconteceu.

           E isso lhe tirou o sono. No entanto, a música trazida pelos ventos e silêncio da noite, invadiu o seu quarto e ela se lembrou de quantas noites ouvira a música tocada e cantada pelos colonos, e desejou ser um deles, estar entre eles, se divertir, dançar, dar risada.

           Não resistiu, procurou entre os vestidos, o mais simples, e saiu escondida. Assim que chegou no meio dos colonos, todos pararam o que faziam, e a observaram espantados. Eles olhavam diretamente pra ela, que devolvia o olhar espantado. Para quebrar o gelo inicial, falou: “- Por favor, não parem por minha causa”. Todos riram quebrando o clima tenso. Uma das colonas, de forma gentil, trouxe uma caneca de vinho e deu-lhe as boas vindas, perguntando se ela era da fazenda vizinha.

           Espantou-se e descobriu que, na realidade, não sabiam de onde ela era, e nem a reconheceram e apenas por isso o espanto. Também elogiaram o seu vestido, dizendo que era muito chique para aquelas ocasiões. Mais moças e senhoras se aproximaram e a chamaram para a dança das mulheres. Puxaram-na para a roda, mesmo ela estando com sua caneca na mão.

           Lançada ao meio da roda, Lênia dançou mesmo sem saber, sob a luz do luar e com aquela música que a encantava todas as noites. Enquanto pulava e dançava, com as mulheres, os olhos ávidos percorriam a roda a procura do homem que habitava seus pensamentos.

           Tinha muitas pessoas participando. Eram homens, mulheres, crianças e, principalmente, casais no escurinho, namorando entre abraços e beijos. Aquilo sim era vida, repetia ela pra si mesma. Viver as emoções, se alegrar, comer sem ter medo de parecer mal educada.

           Cansou e se sentou no banco junto à mesa. Observava aquele povo, rindo, conversando, porém o olhar buscava e, por sorte, encontrou o homem misterioso sentado junto da fogueira, atiçando o fogo, jogando os pedaços de madeira que estavam fora, para dentro das labaredas. O olhar dele encontrou o olhar dela que, por vergonha, se escondeu por não conseguir encará-lo. Se virou para a mesa dando as costas para ele. Sorriu, quando ouviu uma voz de homem convidá-la para uma dança. O coração disparou e quando se virou teve a surpresa, de certa forma, indesejada. Não era ele, e sim, outro colono gentil, até muito bonito. Ela aceitou. E quando se encaminhava para o centro da roda, olhou diretamente para o lugar onde se encontrava o seu domador e viu que ele ainda a observava. Dançou ao som da música alegre até cansar. E como já a noite se fazia tarde, os instrumentos que tocavam músicas agitadas, deu vez a uma bela música lenta. Eles se ajeitavam para começar, quando ele, o domador se aproximou e pediu licença ao amigo para dançar com ela. Nessa hora ela perdeu o rumo. E tremia. Não queria que ele percebesse, mas tremia, e talvez até gaguejasse, se ele perguntasse alguma coisa. Nunca tinha sido tocada da forma como estava sendo tocada naquele momento. Por nenhum homem. Ele a pegou pela cintura e a trouxe para junto do seu corpo forte. Ela observou que todos dançavam bem juntos. Devia ser comum entre eles. Deixou se encostar mais em seu corpo másculo e desfrutou das sensações tão ansiadas. Com o braço esquerdo sobre o pescoço dele, tocava de leve a pele morena, bronzeada pelo sol. Seus seios tocavam no peito do domador e o calor que vinha do corpo dele queimava em brasa, o desejo que vinha de dentro dela. Subiu os olhos e viu os traços masculinos fortes que ele trazia: boca, queixo, nariz e olhos. Que olhos! Continha toda a sedução, toda só neles. A música terminou e o povo se dispersou.

           Ela não esperou a saída de todos para também se despedir, pois sabia que seus instintos estavam à flor da pele e qualquer atitude mais ousada, da parte dele, seria muito difícil dela recusar. “- Posso te acompanhar?” - perguntou ele. Aquela voz juntamente com a pergunta invadiu o peito e a mente de Lênia. Sorriu consentindo. Saíram juntos pela estrada e demorou para que um dos dois tivesse coragem de começar a conversa. Então ele tomou a iniciativa:

           - Eu sei que você é filha do patrão. Porque resolveu vir se juntar a nós esta noite?

          - Queria desfrutar da alegria que vocês desfrutam entre amigos. No meio em que vivo, essa espontaneidade, essa alegria e amizade sincera não existem.

           Houve um silêncio e logo em seguida:

           - Você fica muito mais bonita com roupas simples do que nos vestidos espalhafatosos. Falou o domador olhando diretamente nos olhos de Lênia.

           Ela sorriu. Adorou o elogio, porque também se sentia muito melhor naquelas roupas do que apertada pelo seu espartilho. Chegaram, e quando ela foi agradecer pela companhia, um clima de sedução tomou conta do ar. Despertaram da fantasia porque ouviram um cavaleiro esporear o cavalo e galopar por entre as árvores. Ela sorriu e correu porta a dentro.

           No dia seguinte, ela ficou ansiosa, queria voltar ao povoado e dançar a noite toda. O dia não passava.

           À tarde, recebeu um bilhete do seu noivo dizendo que a levaria para um baile na cidade. Sabia que não poderia recusar, mas entristeceu porque não queria ir. Se aprontou e aguardou até que ele chegasse. Veio sozinho, o que não era comum. A noite estava linda e ela desejava estar, não com o seu noivo, e sim com ele, o domador de cavalos. Saíram, ela e o noivo, sozinhos, fato raro em sua vida, mas o pai permitiu, sem cerimônias. Ela ainda tentou fazer o pai intervir, porque não seria bem visto, na sociedade, uma dama sem a sua acompanhante. O pai, grosseiro, deu a entender que, pela idade que ela tinha, achariam até uma bênção ela conseguir ter arrumado um noivo. Ela se magoou muito, mas saiu. Quando se aproximaram do rio que cortava suas terras, ouviu ao longe o cantar da música alegre do povoado. Desceram para observar a cachoeira, porque ele, o seu noivo, insistiu. Foi sem vontade, e enquanto olhava o brilho da lua na cachoeira, se deixou perder nas lembranças da noite anterior. Só despertou com a pergunta feita pelo seu noivo e quando se virou para olhá-lo, se assustou com a mudança de fisionomia dele. Ele parecia possuído pelo demônio.

           - Então a senhorita gosta de se encontrar com homens, às escondidas, tarde da noite?

           - O que você disse? O que está acontecendo?

           Ele se aproximou e segurou pelos braços, apertando-os, machucando Lênia.

           - Me solta, você está maluco? Está me machucando, me larga! - gritou ela já chorando de desespero.

           - Meretriz! Só pagando muito mesmo para eu aceitar ter como esposa uma mulher como você. Não é de se espantar que ninguém a tenha querido como esposa.

           - O que é isso... largue-me, por favor... o que você tem? Porque me ofende assim? Socorro, SOCORRO!!! - Sentiu um tapa forte que quase lhe fazer desmaiar.

           Afogou em suas lágrimas.

           Ele a puxou com força pra junto de si tentando beijá-la à força dizendo:

          - Se você faz com os outros, também fará comigo. - E puxou o decote do vestido, fazendo os botões que fechavam, nas costas, arrebentarem, deixando à mostra o colo e parte do busto.

           - Me toque. Toque-me! Estou mandando! - Ordenou ele, esfregando a mão dela por cima da sua calça. Ela chorava muito e não tinha forças para se manter em pé.

           Foi quando se ouviu o estalar do chicote nas costas dele, fazendo-o soltar Lênia e se voltar para o chicoteador. O domador estava lá.

           - Solte-a, senão...

           - Senão o quê? Vai me chicotear aí de longe? Veja Lênia, o seu amante veio...

           O domador se aproximou e desferiu socos com raiva. Ele também revidou, pois tinha força e porte físico para uma luta corporal, de igualdade. Ela ficou caída, chorando, sem saber o que fazer. O domador subiu em cima do Tenente e com muitos socos o fez desmaiar. Havia sangue no rosto dos dois. O domador foi em direção à ela, apoiou-a para que se levantasse, e ajudou a segurar o vestido. Ela o abraçou forte, chorou no seu peito. Ele acariciou seus cabelos, dizendo baixinho:

           - Agora está tudo bem, tenha calma.

           Por um tempo ficaram abraçados. A proteção que ele transmitia, ela nunca tinha sentido, nem do próprio pai. Ele a ajudou a subir na charrete e foram embora. Ela sugeriu que fosse para o povoado, não queria voltar para a casa. Ele achou melhor irem, os dois, para a sua casa, que ficava na beira do riacho, pois as pessoas curiosas iriam querer saber o que aconteceu, ao vê-los, e até amanhecer o dia, o assunto estaria distorcido nos ouvidos do pai dela. Lênia aceitou o conselho dele e logo estavam lá, em sua cabana.

           Ele cambaleava, também tinha apanhado muito. Ele entregou-lhe uma camisa e uma calça, era a única coisa, fora os lençóis, que tinha para ela se cobrir. Acendeu o fogo e foi se banhar no riacho para se limpar do sangue.

           Ela vestiu-se , amarrou o barbante para não cair à calça e foi ver como ele estava. Ao vê-lo, levou um susto.Encontrou-o desmaiado na beira do rio.

           - Meu Deus! Domador... Acorde!- Disse ela levantando a cabeça dele e jogando um pouco de água. Ele despertou e ficou alguns minutos ainda deitado, respirando devagar até se sentir melhor. Assim que melhorou, se banhou. Ela trouxe-lhe uma toalha e ele caiu em febre. Lênia ficou ao seu lado a noite toda. Deu-lhe chá, ficou ali ao seu lado cuidando com carinho do homem que agora, ela tinha certeza, tinha tomado o seu coração. Enquanto ele dormia, ela acariciava os seus cabelos, os seus braços, o seu peito. No meio da noite ele despertou, e olhou para ela que estava ali do seu lado, na cama. Os olhos castanhos, iluminados apenas pelas chamas ficavam ainda mais encantadores.

           - Você está bem? - Perguntou ele.

           - Graças a você. - Desta vez eles não deixaram o clima de sedução passar sem usufruírem dele. Ele passou a mão pelos cabelos dela e a puxou pela nuca beijando a sua boca. Ela deixou o seu corpo se recostar – metade em cima do seu peito e metade ao lado dele – e se entregou ao carinho desconhecido. Soltaram-se quando se deram conta do feito. E ele imediatamente pediu perdão pela ousadia. Ela sorriu e pediu para dormir ao lado dele, que devolveu o sorriso e se afastou para que ela se aconchegasse.

           - Amanhã eu te levo e contaremos ao sei pai o que o Tenente fez com você.

           - Não quero mais voltar para a minha casa.

           - Como não? Você precisa.

           - Por quê? Não me queres aqui? - Perguntou ela, baixando os olhos.

           - Imagina menina, de onde tirastes isso?

           - Não me chames assim, pois meu pai não se cansa de dizer-me que não sou mais menina e que há muito passei da idade de me casar.

           - Pois tomo a liberdade de dizer que ele é grosseiro e que nada entende de mulheres. Independente da idade, todas serão sempre meninas. Além do mais... - disse ele se voltando levantado o queixo dela - você é bem jovem, nem tem cabelos brancos ainda! - disse rindo, um sorriso gostoso. Riram e conversaram quase que a noite toda. Ele se declarou e disse que fugiria com ela se assim ela desejasse. Finalmente, dormiram os dois, abraçados, ela sobre o peito dele, como se conhecessem há muito tempo e fossem feitos um para o outro.

           Acordaram com um estrondo que colocou a porta abaixo. Se assustaram e viram o Coronel, pai de Lênia, juntamente com o Tenente, seu noivo, e outros cinco homens, entrando cabana a dentro. Sem nada dizer, o seu pai a arrastou pelo cabelo, tirando-a da cama do domador. “- Calma, o Senhor está machucando vossa filha!

           - Calado, desta aqui cuido eu. Amarrem-no! - Ordenou.

           O domador ainda tentou se levantar e lutar contra aqueles homens, mas foi dominado. Depois o amarraram, jogando-o no chão.

           - Ai...ai...Sr. meu pai, me solte. Está nos machucando à troco de que? Sendo que, quem me atacou ontem, me causando estes ferimentos, foi ele. - disse apontando para o Tenente, que ria da situação, do lado de fora da porta. - Se não fosse o domador, ele teria me feito muito mal.

           - Cala-te, desnaturada. Desonrada. Jogou o meu nome na lama, fugiu do noivo para dormir com o amante. Eu já ouvi bem a história, e tive a prova quando aqui a encontrei. - disse jogando ela no chão.

          - Mas... Meu pai. - disse ela desesperada, chorando, olhando para o pai e para o domador, amarrado e machucado no chão.

           - Contra fatos não há argumentos. Botem fogo em tudo.

           Os olhos dela estavam arregalados e o coração quase explodiu ao ouvir isso. Correu e se jogou em cima do domador, gritando, implorando para que eles não fizessem isso. Entraram dois homens e arrancaram-na, sem piedade, de cima dele. Saiu esperneando, berrava, implorava para que não fizessem aquilo. Jurava pela Nossa Senhora que não tinha acontecido nada entre eles, e que o Tenente mentia ao relatar o acontecido. Mas de nada adiantou. Com uma última ordem do Tenente, os homens atearam fogo, e ficaram ali, fora, olhando tudo se incendiar. Enquanto ela se esvaia em dor e sofrimento, os homens seguravam-na com força, obrigando-a a olhar para a destruição da cabana. Com os olhos tomados por raiva e lágrimas, ela fitou o Tenente, que ainda ousou dizer:

           - Amanhã te espero na igreja. O seu pai dobrou a oferta, e a fortuna vale um pequeno sacrifício de me casar e ficar viúvo em seguida. – dito isso, ele saiu montando em seu cavalo.

           - O que é isso meu pai? O Senhor vai permitir que um homem inocente morra queimado, e que um bandido deste assassine a sua filha por que você não tem a capacidade de enxergar a verdade? PAI!?!?!

           - Pelo menos a honra da família será lavada com a união. - virou as costas ordenou que os homens levassem-na, montou e saiu galopando.

           As chamas da cabana refletiam nos olhos desesperados dela que esperneava, gritava muito, chorava, e foi levada a força quando já não tinha forças nem para falar.

           Na tarde do dia seguinte, ela estava na charrete, toda machucada, com o rosto inchado. No interior da igreja não tinha convidado nenhum. Seu pai olhava feio, esperando que ela descesse e seguisse logo o seu rumo. Ela se recusava a descer, e pela demora que causava, o Tenente saiu raivoso do altar e veio para tirá-la à força da charrete.

          Lênia pensou na mãe, e na falta que ela fazia, se estivesse viva não permitira tal atrocidade. Chorou mais e mais, o coração doía de lembrar dos olhos misteriosos, que em tão pouco tempo a fez se sentir mulher, e sentir todas as emoções que ela ansiou a vida toda. A morte que ela sabia ser certeira, depois do casamento, era até alívio, pois sabia que encontraria com o seu amado depois disso, mas tinha ódio de imaginar ser tocada e ser desvirginada pelo repugnante Tenente. Trouxe uma faca consigo, pensou em se suicidar, mas sabia que se isso se procedesse, a sua alma nunca encontraria a do seu amor, então desistiu. Despertou quando o Tenente a puxou pelo braço, rasgando parte do seu vestido.

           - Desça, ou o casório vai sair mais caro para o seu pai. Desça e ande logo sua meretriz!

           O pai dela observava tudo da escada sem nada fazer. O Tenente estava tão concentrado em machucar e ofender Lênia que não ouviu a aproximação de um cavalo, e só ouviu, outra vez, o estalo do chicote nas suas costas, mas desta vez a lâmina que ele trazia na ponta cortou o tecido e parte da pele, fazendo o sangue escorrer. Ele cambaleou e fitou o cavaleiro, e só pode ouvir outro estalo e o chicote cortar-lhe a face, atravessando um olho. O Tenente caiu. O cavaleiro parou ao lado da charrete e colocou Lênia na sua garupa. Ela não acreditava no que estava vendo, o domador estava vivo e voltara para salvá-la mais uma vez. Saíram galopando, levantando poeira.

           O Tenente engatilhou a sua arma e tinha Lênia na sua mira. Em seguida ouviu-se o estrondo de um tiro. E o Tenente desfalecer na escadaria da igreja. Fora baleado pelo Coronel, pai de Lênia, porém, mesmo a beira da morte, ele fez um último esforço e atirou contra o Coronel, que caiu na escadaria, morrendo em seguida.

           - Como sobrevivestes? - perguntou ela, abraçando com força, suas costas, surpresa e agradecida a Deus.

           O cavalo Galope, que era do domador, foi quem socorreu o amigo, puxando-o pelo buraco de trás da casa, e soltando as cordas do seu corpo, antes que o incêndio queimasse tudo. O casal não olhou para trás e foi dar continuidade as suas vidas longe dali. Voltaram meses depois, obrigados pela justiça, porque Lênia era a única herdeira.

Conto Selecionado para o Livro:
                          
Seleta de Contos de Autores Contemporâneos
                                 Edição Especial

                  Camara Brasileira dos Jovens Escritores

                       Lançamento do Livro: 5 de março de 2009

Anne Valentine
Enviado por Anne Valentine em 19/02/2008
Reeditado em 06/05/2009
Código do texto: T866505
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