Voo em Direção à Luz

Nostalgia, ah essa nostalgia! Representada pela recordação, a nostalgia de viajar encaminha, a realidade dos fatos desencaminha. Mas por que tudo tende à esse ritual cotidiano, "Viajante por terra"? Provavelmente "Mestra dos ares", é por que a realidade não transita pelas mesmas trilhas, não ilude os mesmos caminhos, por quais, os olhos e passos compassados e honestos caminham! Afinal, em tudo que se faça, em qualquer proposta de vida, a correria desenfreada pelo tudo é infinitamente superior a busca pelo nada. No entanto, resta saber e decorar a lição que somos feitos do tudo e do nada. Do nada, somos tudo. E do tudo, somos nada. Com o tempo, a fuligem que cobre os baixios. O pó fino que sobrou do tudo, do nada! O caminho que dá sentido a vida. O sol que empresta seus raios de luz para a lua. Estrelas solitárias que brilham sob intensa luminosidade do tudo e gravitam sob a constância do nada.

Uma voo inusitado é como uma habitação desarrumada; e movimenta-se continuamente, atiça a percepção, é inquieta à procura de caminhos, mãos, olhos e pés ponderados que sosseguem o mobiliário e as pegadas em lugares apropriados. A ordem, os acidentes geográficos e as tangentes das curvas se estabelecem e desfazem-se a partir das desordens cotidianas; pois, ordem demais é monotonia e involução das flutuações da complexa arte de viver.

Partilhar com outrem, as coisas do coração, é o mesmo que viajar nas asas da imponderável emoção. Acredite Gaivota!

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Mutável Gambiarreiro
Enviado por Mutável Gambiarreiro em 01/07/2017
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