CHEIRO DE DEFUNTO

O Cel. Ivonet mão conseguia se livrar daquele cheiro, era como se fosse tatuado em seu nariz, ou mais profundamente em sua alma, já tentara de um tudo, até passar bosta de gato no bigode e nada, passou patchuli, cri olina, canela, cravo, tudo de bom e pior, O cheiro do cadáver de seu pai dentro de um saco, esquartejado e deixado na porta de sua casa era insaivel, pensava ele que essa palavra errada era a unica resposta pro seu problema, Aquilo era um cheiro mental, vinha do celebro e não passava pelo nariz. Quando então ouvia o grito de Birizinha lá em baixo - Hora do almoço Coroné. Como teria ele vontade de almoçar com aquele cheiro acompanhando-o ? Aquela cena de sua mãe gritando desesperada pela casa, não o deixava dormir, já se passara 25 anos desde então.

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 10/04/2018
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