A CHEGADA À PRAIA DE IVONET

Ivonet sabia onde deveria pular, qual local do navio não traria perigo, e como nadaria até à praia. Da ponta da polpa do navio até o nível do mar eram 20 metros, o major Faustino sabia que ele ia afundar uns cinco metros no mar, e com a respiração mantida embaixo da água por três minutos e com a ajuda da corrente marítima Ivonet não poderia ser visto por ninguém do navio, nem um marinheiro, nem o capitão Henrique. E foi assim que tudo aconteceu, pois depois que ele veio a tona,somente avistava a embarcação de muito longe, onde com certeza ninguém do barco poderia avista-lo. Depois de se livrar da embarcação, Ivonet colocou o plano no segundo estágio, que era chegar na praia, onde aquela fogueira estava acessa. Pelas ondas, ele sabia como estava a maré, fruto de intensos treinamentos com seu pai, nadando em alto mar, pois não é fácil nadar no mar e se orientar ao mesmo tempo. Ele nadava com braçadas forte em uma direção determinada por estrelas e deixava a correnteza fazer sua parte no restante do percurso. Problemas com tubarões e outros bichos marinhos ele não tinha, sabia interagir e bem com os seres do mar, fruto também de muitos anos de treinamento nadando com tubarões. Ivonet nadou por duas horas, já era noite escura quando chegou na praia em feente a grande fogueira, que já estava somente em brasa pura, ele caminhou em direção a mesma, pois estava nu e com frio, além de cansado, quando estava próximo a fogueira avistou um índio velho, ele tinha um aparência que trazia tranquilidade para o rapaz. Se aproximou de Ivonet com uma cuia na mão e ofereceu para Ivonet beber. Ele estava com muita sede, pois duas horas nadando tinha tirado muita água do seu corpo, ele pegou a cuia, olhou pro índio, e levou a boca, nesse minuto pode observar o que tinha dentro da cuia, era um líquido grosso e vermelho, como se sangue fosse, ele recusou por instante mais o índio pegou nas suas mãos, levou até a boca e falou alguma coisa na sua língua, que ele imaginou que fosse beba. Ele bebeu, era doce e azedo ao mesmo tempo, ele quis parar, mais o índio não deixou, ele bebeu tudo. O mundo foi ficando uma fogueira só, tinha luzes em todos os recantos da terra e de repente Ivonet estava num floresta cheia de javalis e tinha uma grande onça preta rondando o seu corpo, que silenciosamente caiu na praia e dormiu.

IVONET CHEGA À PRAIA

FRED COELHO 201O

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 09/05/2018
Código do texto: T6332077
Classificação de conteúdo: seguro