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AVENTURAS DE TRÊS JOVENS

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          Até um trecho foram gritando de alegria e animação. Chegaram até ao ponto demarcado. Não conseguiram sair pela margem. A força da correnteza empurrou-os. Os brados de euforia tornaram em desespero. Aproximaram-se do salto e juntos caíram. Desapareceram. Só a Rê ficou. Chorava tanto que não conseguia se controlar. Fim daquele esporte maluco.              
 

SEGUNDA PARTE
 
 
 
            O sumidouro puxou os jovens para o fundo. Bombeiros fizeram busca até ao anoitecer, nada encontrando.   No dia seguinte continuaram rio abaixo. Quase um mês de procura, não acharam nem vestígio. Os pais desesperados. Sabiam da teimosia daqueles jovens. Depois de vários dias, foram atestados como mortos.
 
               Houve um desmaio quando caíram. De repente aos poucos foram acordando, sem saber onde estavam. Questionaram-se entre eles. Estavam todos deitados numa relva com muitas flores. Sentiam-se muito felizes. Cada um tinha lembrança da família e da cidade onde nasceram e moravam. Não tinham ideia do tempo que estavam naquele lugar. Viam animais selvagens e domésticos que vinham cheirá-los. Parecia que faziam uma expressão de “bem-vindos”.
 
                   Foram conduzidos a uma sala ampla em que as luzes nas paredes eram uns tipos de fachos, mas iluminavam mui fortemente. Na frente um lugar mais elevado, havia três candelabros. As pessoas a princípio eram esquisitas, depois foram se acostumando. 
 
            As vestes dos que ali estavam eram quase todas iguais. Os homens usavam um vestido bege, tipo de uma toga cingido com um cinto largo bordado a ouro reluzente. Andavam descalças no meio de espinhos, mas estes eram como tapetes macios.  Quando entravam naquele salão cobriam a cabeça com uma espécie de turbante. As mulheres trajavam vestidos compridos até aos pés. 
 
          Um lobo veio brincar com Christie. Os dinossauros passavam bem devagar onde eles estavam. Cheiravam as pessoas como quem queria fazer amizades. Algumas crianças montavam neles e estes saíam dando voltas por todo o parque. Leões, tigres, cobras, jacarés e muitos outros agiam da mesma forma. Um dos guardiões chegou, colocou a mão nos ombros dos três ao mesmo tempo e disse que ali nenhum animal fazia mal. Os peixes apareciam em abundância naquela água cristalina. As pessoas pegavam estes com as mãos e preparavam para comer. Um preparo rápido e ficava delicioso. Nenhum tipo de poluição existia naquele lugar. O tempo foi passando, mas ninguém ficava velho. A comida era em grande quantidade. Ninguém desperdiçava nada.
 
          Os três amigos olhavam para as suas retaguardas e viam como se fosse uma parede de vidro e do outro lado as águas do Rio Turvo. O salto do Turvão, o barulho era contínuo, mas funcionava como se fosse uma música suave a soar nos seus ouvidos. As panelas pareciam serem feitas de barro. Trabalhavam e não sentiam nenhuma canseira. A comunicação era tanto falada como mental. Perguntavam mentalmente. Automaticamente o outro respondia. Parecia que ninguém ficava velho naquele lugar. Uma civilização que todos os moradores da Terra gostariam de ter. Um homem que era um pouco mais velho que os demais, este era o chefe de todos. Ele ordenava e os demais obedeciam. O rio de águas limpas que corria ao lado de onde estavam, rumava sentido contrário do Rio Turvo.
 

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Continua na terceira parte...
 
Não perca a Continuação...
 
(Christiano Nunes)