Páginas rasgadas

Palavras escrita a giz, ela as queria para ser feliz... amava o efêmero.

Ela escrevia, lia, apagava.

Ela escrevia, lia, e se mudava.

Mudava de casa quando as coisas davam erradas. Mudava de móveis, de carro, de estrada.... e se perdia em si mesmo. Do seu livro da vida, as páginas não eram viradas. Não aprendia com os próprios erros...

Sentia- se na vida, no fundo, no fundo, uma pobre coitada.

Só possuía páginas rasgadas...arrancadas da memória atordoada.

F.V.L