O CAVALEIRO DOS CÉUS

Eram tres irmaos, Mateus, Evilin e Francisco. Eles eram pobres e viviam numa casa a qual pertecia ao tio avo do pai deles. A casa era velha mas mantinha-se conservada, apesar das goteiras que caiam nas epocas de chuva. Tinha cinco quartos grandes onde dois deles eram ocupados pelos irmaos. A copa mostrava os ares ainda do tempo antigo. Alguns quadros dos bisavós da família ainda estavam na parede. As prateleiras ainda tinham alguns pertences dos parentes das criancas. A cozinha era enorme, existia o forno onde sua mae fazia os biscoitos. O fogao a lenha, tradicional, um pouco estragado, mas era nele que sua mae fazia o alomoco e janta. O feijao, como era de costume, cozinhava o dia inteiro exalando o aroma por toda a casa. O banheiro era a serpentina, por isso mantinha-se o fogao acesso todo o dia. No quarto das criancas via-se o guarda-roupa, duas camas no quarto dos meninos, ja na da menina tinha uma cama e um guarda-roupa um pouco velho. Estes detalhes nao incomodavam as criancas e nem aos pais, pois, apesar da pobreza, nao lhes faltavam o necessario para sobreviverem que era o pao de todos os dias. O que incomodava e metia medo era o porao da casa. Todos que conheciam o velho casebre dizia que era mal assombrado. Ninguem tinha coragem de entrar no porao.

As criancas passavam o dia inteiro brincando. Eles se davam bem, apesar de algumas vezes brigarem. Mateu era o mais velho, tinha seus 12 anos, seus cabelos eram negros, bem como os olhos. Era um pouco grande pela idade, tinha puxado ao pai, mas, apesar da estatura forte era o mais medroso dos tres. So de ouvir falar no tal porao, seus olhos enchiam de lagrimas. Ele nao passava nem perto do lugar. Ja sua irma, Evilin, era mais corajosa. Ela nao acreditava muito nestas estorias. Os seus 10 anos a motivava para aventuras novas. Seus cabelos cacheados longos viviam de trancas feitas por sua mae o que dava um ar de menina sapeca e aventureira. Todos admiravam os cabelos de Evilin, tinha uma cor dourada constratando com sua pele um pouco escura e seus olhos castanhos claros. Apesar de nao acreditar na estoria assombrada tinha respeito e orava para que Deus os protegesse do mal que havia no porao. Ja o menor, Francisco, nao se interessava muito, era pequeno, tinha 7 anos, seus cabelos eram ondulados igual ao da irma, mas a pele mais clara. Ele era simpatico, gozava sempre o irmao mais velho pelo medo. Dizia que ele era mulherzinha, Mateus ficava furioso. Apesar de tudo eram grandes irmaos.

Numa noite quando todos ja dormiam, ouviu-se um zumbido forte de vento. As arvores balancavam e seus galhos davam a imprensao que iriam engolir o casebre com todos la dentro. As janelas se abriram e o cheiro forte de encxofre entrou casa adentro. As criancas correram ao encontro dos pais que se puseram a orar por Deus para que os protegesse. Neste dia até Evilin, que era corajosa, ficou com medo. A noite demorou a passar, ninguém conseguia dormir, todos amanheceram enrolados uns aos outros na cama grande dos pais. Quando amanheceu e tudo parecia ter voltado ao normal todos foram ver o que havia restado da casa. A cozinha estava cheia de bosta de cavalo e vaca, vazilhas esparramdas pelo chao, tudo sujo e baguncado. Os pais das criancas se entreolharam numa interrogativa do que iriam fazer?!

Depois de limpeza, tudo voltou ao normal. As criancas ajudaram os pais na arrumacao, logo foram brincar. Nem parecia que tinham levado o maior susto na noite anterior. Brincaram muito e quando voltaram escutaram os pais conversarem:

___ Nao podemos mais ficar nesta casa, esta perigoso. Esta coisa assombroza que a gente nao sabe o que é, se é monstro, demonio nao nos deixa em paz.

___ Mas pra onde vamos? Nao temos dinheiro. Nossas sobras mal dao para nos alimentar, pelo menos aqui nao temos que pagar aluguel.

___ Eu sei, porem as criancas e nos nao podemos conviver com o mal assombrado. Olha ontem nós todos tremiamos de medo. Este monstro ou demonio nunca nos aterrorizou como ontem. Parece que agora esta zangado. Ja chamamos padres aqui, mas nao resolve todo o problema. Se ao menos tivessemos um exterminador de monstros. Que isto é monstro e nao demonio, sei la. Nao sei mais o que pensar, so sei que sou o chefe da familia e preciso achar uma solucao

___ Entendeo meu bem, também tenho medo, vamos ver o que faremos. Enquanto isto vamos pedir a Deus para que Ele nos proteja.

As criancas ouviram a conversa e saíram para tomar banho. Ao dormirem Evilin sonhou que entrara no porao e conversara com o desconhecido. Ele era medonho, tinha chifres e soltava fogo pela boca. Suas garras faziam com que a parede quase desmoronasse. Ela ficou tao apavorada e acordou gritando por sua mae. A mae a socorreu carinhosamente e abracando-a fez com que ela dormisse novamente.

No dia seguinte, porém, Evilin tinha decidido, apesar do medo do sonho, a ir ao porao e conversar com a assombracao. Ela chamou seus irmaos e disse:

___ Mateus voce é meu irmao mais velho e voce Joaquim é o mais novo. Eu sei que Mateus tem muito medo, voce Joaquim tem menos medo. Eu nao tinha medo, mas depois do que aconteceu fiquei um pouco medrosa, mas mesmo assim, decidi entrar no porao. Precisamos ajudar o papai e mamae.

___ Mas Evilin voce nao pode fazer isto é perigoso.

___ Mateus temos que ajudar nosso pais. Amanha eu entro la. Nós vamos fazer o seguinte. Voces dois ficam de fora e orem bastante para que os Anjos guardioes proteja a gente, ta bom?!

___ Ta bom entao. Disse os dois irmaos.

___ Nao contem nada ao papai e mamae. Sera nosso segredo. Combinado?

Chegou a noite.Evilin estava tensa, mas decidida a enfrentar o fantasma. A noite ela orou com fervor, pediu ao seu Anjo protetor para iluminar e a proteger. Assim ela dormiu e sonhou novamente com o fantasma. Mas só que ele estava mais calmo desta vez

No outro dia, Evilin e os irmaos foram até o porao. Evilin abriu-o com o coracao em pulos, mas entrou.

No porao havia uns caixoes velhos, onde seus tataravos guardavam os mantimentos. Tinha muitos livros, umas bonecas, alguns carrinhos de maderia. Ela achou interessante e comecou a mexer nas coisas. Tinha uma maquina de costura muito antiga o que chamou a sua atencao, pois gostava de costurar. As vezes, ela ajudava a mae nas costuras da casa. Ela olhava tudo com cuidado pedindo sempre a Deus protecao. Nao viu nada. Achou que nao teria nenhum fantasma ou assombracao no porao. Entao ela resolveu abrir uma caixote que estva escondido bem no canto da parede. Ele estava todo empueirado, cheirando a mofo e cheio de telhas de aranha. Quando Evilin abriu-o levou o maior susto. Um monstro de olhos esbugalhados e vermelho, com chifres na cabeca, dentes pra fora, uma mao enorme saiu la de dentro. Ela deu um grito, achou que iria desmaiar. Mas teve coragem e olhou o monstro. Ele, entao a fitou bem nos olhos e disse com voz aterrorizadora.

___ O que voce faz aqui menina. Nao sabe que esta casa é minha.

Ela tremendo de medo disse:

___ Oh! Seu Monstro eu sei que esta casa é sua, mas a gente nao tem pra onde ir. Somos pobres e nao temos dinheiro para pagar outra casa. O Sr. Podia deixar a gente morar aqui, por piedade?!

___ Nunca irei deixa-los morar aqui. Isto tudo me pertence. Eu quero ficar aqui sem voces. E quero que voce saia agora.

Neste momento, ele lancou sua mao com suas unhas enormes para cima de Evilin. Ele pegou suas trancas e a prendeu no caixote que ele morava. Evilin comecou a chorar, mas lembrou que nao podia demonstrar medo ao monstro. Fechou os olhos e pediu ao seu Anjo protetor para ajudar. Neste momento todo o porao clareou. O monstro assustado disse.

___ O que voce fez menina, nao gosto de luz e soltou um rosnado que estremeceu a casa inteira.

A menina entao fez mais oracao e neste instante apareceu um cavaleiro em seu cavao branco e comecou a defendr Evilin. O mosntro ficou muito nervoso e xingou.

___ Sai daqui eu nao gosto de voce.

___ Voce precisa vir comigo. Voce precisa deixar esta familia em paz. Evilin me pediu ajuda e eu vim ajuda-la. Eu sou seu cavaleiro proteotr. As oracoes da famiia foram ouvidas. Voce tera que deixar esta casa.

___ Nunca, nunca sairei daqui,disse o monstro.

Ele entao abriu sua boca e saiu fogo dela. O cavaleiro cubriu com seu escudo Evilin e a ele próprio. Muitos claroes vinham do porao.

La fora os dos irmaos choravam de medo sem saber o que fazer. Depois de ouvirem muitos estrontos e os gritos de Evilin eles resolveram chamar os pais.

Os pais, entao, mais que depressa foram até lá. Tetaram abrir a porta do porao mas nao conseguiram. Alguns vizinhos foram ajudar tbem, mas nao conseguiram derrubar a porta. Chamaram por Evilin mas ela nao respondia. So ouvia estrondos e mais estrondos vindo de dentro do porao. Eles entao comecaram a orar, todos numa so corrente e pediram mais protecao aos ceus.

La dentro Evilin aflita com os olhos fechados tbem orava. E o combate de fazia entre o monstro e o cavaleiro.

___ Eu nao saio daqui, vai embora voces dois.

O monstro dizia palavroes horriveis ao mesmo tempo dava coices, chifradas e lancava fogo sobre o cavaleiro protetor.Evilin chorava mas estava confiante, pois o cavaleiro a protegia.

O monstro ja cansado de lutar contra o cavaleiro que era mais forte que ele, depois de levar um tabefe, este caiu no chao. Neste momento o cavaleiro pegou da sua armadura as algemas e o amarrou em seu cavalo. Entao retirou Evilin que estava presa pelos cabelos no caixao e disse.

___ Pode ficar tranquila agora Evilin, tudo ficara em paz. Eu o levarei para longe e este monstro nao incomodara mais voces. Na verdade ele é um demonio. Ele ficou aqui na casa devido as maldades que sua familia ja fizeram no passado. Mas agora voces foram perdoados.

___ Obrigada. Mas voce é meu Anjo Guardiao?

___ Sou sim Evilin, quando precisar é só lembrar de mim. Sou seu cavaleiro protetor. Agora vá, seus pais estao assustados e com medo. Os tranquilize.

___ Mais uma vez muito obrigada

___ Lembre-se sempre de orar aos ceus e agradecer sempre a Deus por tudo. Ele protege voces e ordena à nós para os socorrerem. Me de um abraco, preciso ir e voce também.

Evilin deu um grande abraco em seu Anjo Guardiao que disse:

___ Fique em Paz.

Assim como ele surgiu através da luz ele foi embora levando o monstro consigo.

Evilin, entao, conseguiu abrir a prota do porao. Só via la dentro muita poeira, tudo caido. Evilin correu e abracou os pais e os irmaos. Elao nao conseguia narrar o que acontecera somente solucava de tanto chorar. A mae a pegou e a abracou acalmando-a. Depois que foram todos para a casa. Após tomarem banho foram comer alguma coisa, pois estavam todos com fome. Todos sentaram-se à mesa, fizeram oracao e Evilin contou como havia ocorrido e que agora nao precisavam preocupar, pois o demonio havia ido embora.

Daquele dia em diante todos viveram mais transuilos na casa. Nao tinha mais monstros,nem fantasmas e nem demonios. Apesar de ainda nao terem muito dinheiro eles eram muito felizes, pois sabiam que tinham a protecao dos Cavaleiros dos Ceus.

Ana Cristina Magalhaes
Enviado por Ana Cristina Magalhaes em 01/07/2015
Reeditado em 03/05/2023
Código do texto: T5295792
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