UMA GRANDE AVENTURA - II

II

O ônibus, imenso, colorido, chegou junto com os primeiros raios de sol. Todos já estavam ali, quando o professor Gustavo foi repassando a lista de chamada e convidando um a um, a entrar no veículo que os levaria para um universo desconhecido.

Sempre sorridente, o professor deseja boas vindas e boas aventuras. Também a senhora Sílva, diretora da escola fazia questão de ir junto da garotada. Aquele dia era a turma do ensino fundamental que era convidada a conhecer o caminho dos bandeirantes, na rota do ouro e uma aldeia indígena que os esperaria com uma dança e um lanche preparado pela tribo. A meninada estava eufórica. E tudo isso sem os pais por perto pra ficar controlando. Aquele seria o grande dia.

Durante a viagem os meninos observavam as árvores que passavam pela janela do ônibus como maratonistas. Tudo era muito rápido. Ao meio do caminho, uma parada rápida para descanso e o professor foi dizendo:

__ Bom dia. Vamos parar por quinze minutos. Podem ir ao banheiro, comer alguma coisa e assim que o ônibus buzinar, todos de volta. Mas antes, venham comigo.

O professor desceu e foi mostrando o rio que ficava ao fundo da lanchonete à beira da estrada. Apontava:

__ Esse é o rio onde primeiro se achou ouro. Esse rio provocava sonhos e atraiu muita gente para cá.

E foi explicando já como os aventureiros chegaram, suas guerras e suas conquistas.

Passados os minutos da parada, continuaram. Uma hora depois já estavam numa estrada sem asfalto e menos de vinte minutos pararam à entrada da tribo Kaa-eté. Vieram muitos índios com suas características originais e já dançavam uma dança de boas vindas.

Após a acolhida, fomos conhecer as moradias. Tudo é muito diferente. O professor deixou-nos à vontade para passear, desde que acompanhados por alguém da tribo, e não muito distante.

Kauaka é o cacique. Uma espécie de prefeito da tribo, que cuida de todos. E parece ser um bom homem. É alto, meio gordinho e estava com o rosto pintado em cores vermelho e preto, alongando os olhos. Cumprimentou-nos todos, um a um. Ofereceu um lanche, mais um. Kevin pareceu faminto, embora tivesse comido a viagem toda. Na verdade ele me havia confessado que tinha medo dos índios. Kevin tinha medo de tudo, mas como é muito meu amigo, sempre vai comigo e fica nos cantos resmungando de medo. O lanche não era tão estranho, como pensei ao ver grandes cestas de bambu. Eram pães e biscoitos. Um pouco diferentes do que temos na cidade, mas eram muito bons. Acompanhavam um chá, que dizia o cacique, servia para acalmar e trazer boas energias. Não entendi muito bem, mas era bem agradável.

LUCAS FERREIRA MG
Enviado por LUCAS FERREIRA MG em 22/06/2017
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