CAPELOBO

Eu estava na mata com um facão e uma lanterna, procurando uma vaca que tinha fugido do curral logo numa noite de lua média.

Quando finalmente a encontrei, ela estava morta, pois tinha perdido todo o sangue, mas não havia sangue nenhum espalhado pelo chão ou nas árvores, e sim arranhões, pelos e pagadas não eram de lobos nem de Raposa.

Então, saquei o facão e a lanterna na outra mão, comecei a seguir as pegadas, porém, encontrei mais rastros até mesmo um galho muito grosso por um fio, logo, encontrei uma criatura horrorosa, um quarto de tamanduá bandeira, um quarto de lobo, mais um quarto de capivara, e o outro quarto de gente, além de detalhes de outros animais.

Se eu subisse em uma árvore ele subia também, se eu corresse ele corria mais rápido, se eu me escondesse ele me achava.

Até que fim ele se cansou, logo, fui chamar ajuda. E inesperadamente ele levou um tiro misterioso e caiu. Aproximamo-nos do Capelobo, de repente ele levantou-se pulou em cima de meus amigos, um por um, até que só sobrássemos Juliano, Adalto, João Hélio e eu.

João Hélio teve a ideia de voltarmos para nossas casas e pegarmos várias correntes, mas, estávamos perdidos na caatinga, por sorte Adalto e Juliano encontraram algumas cordas, correntes e cadeados bem novos num casebre bem perto dali.

Então, encurralamos a fera e a prendemos em uma arvore, montamos várias armadilhas improvisadas em volta da árvore. E todos armados, cada um com um facão ficamos lá de vigília até o amanhecer. Quando algumas pessoas que estavam a caminhar pela mata para fotografar alguns animais (pássaras e outros) nos encontraram e nos salvaram.