O COELHINHO APAIXONADO
Certa vez lá na floresta, o coelhinho Zezé estava se sentindo muito só, mesmo com tantos amigos ele não estava feliz e preferia ficar sozinho.
Nem as brincadeiras na fabrica dos ovinhos de chocolate de que ele tanto gostava o animava mais. E assim o coelhinho passava as tardes escondido em moitas verdinhas onde deitava e ficava a sonhar.
Engraçado o coelhinho estava ruim mesmo, nem de cenoura ele gostava mais. Será que o coelhinho está doente? Alguém sabe o que acontece com ele?
-- Mas o que está me deixando assim agoniado, Perguntava-lhe em entender aquela agonia.
Uma manhã daquelas quando o dia nasce com o sol bel alegre, o coelhinho resolveu sair sem destino , de pulo em pulo encontrou um passarinho.
- O que está fazendo sozinho ? só anda em grupo saltitando,, - perguntou o passarinho sem entender aquela tristeza.
- Olá meu amigo passarinho. Eu não sei explicar, faz dias que perdi a vontade de tudo que eu gostava, ando muito agoniado, quero ficar sozinho.
- Se quer ficar sozinho então boa viagem- disse o passarinho batendo asas.
Uma formiga que a tudo ouvia chegou perto do coelho,
- Acho que está doente. Deveria procurar o doutor
- Eu não vou perdeu meu tempo com uma formiga, respondeu inquieto se coçando. Deixando a formiga resolveu voltar, quando encontrou um grilo feliz pousado em um graveto bem no caminho do coelho.
-Oras o que se passa? Perguntou o grilo estranhando a tristeza do coelho..
- Não sei! Uma hora quero sair saltitando por esse gramado, outra prefiro ficar quieto sem falas com ninguém, tem alguma coisa bagunçada aqui dentro, Disse o coelho com olhar triste.
O grilo voltou a cantar sem vontade de esticar aquela conversa. O coelho continuou seu caminho quando viu uma cobra se arrastando bem no meio do seu caminho, assustou-se.
- Não precisa ter medo, estou indo para casa venha tomar um café e se quiser falaremos dessa tristeza toda.
O coelho de tão desanimado resolveu seguir a cobra.
- Entre, entre, convidou a cobra para que o coelho se aproximasse. Desconfiado o coelho entrou na casa da cobra;
- Agora me diga o que está lhe deixando assim tão triste, nem parece que pertence aquele grupo de coelhos serelepes e barulhentos.
O coelho outra vez relatou tudo que estava acontecendo. A cobra saiu e voltou com um espelho.
- Agora olhe bem a sua imagem nesse espelho.
O coelho sem mesmo entender pegou o espelho olhou, olhou nada disse até que a cobra falasse:
-Oras! Oras!. Seu coração está tum...tum...tum... parece um trem destrambelhado. Só você ainda não percebeu que está apaixonado? Grita a cobra cantarolando:
Ele tá aáixonado
Ele tá apaixonado
Ele tá apaixonado....
- Apaixonado! Exclamou o coelho. Como posso se nem tenho uma namorada, disse confuso e inquieto.
-A verdade é essa, o que você tem é paixão. Agora é com você, Corra! Corra! Vá atrás da sua amada seu coelho bobo. Disse a cobra gargalhando..
O coelho resolveu voltar para casa já estava escuro e a noite teria tempo para sonhar e pensar.
A noite foi pequena para tantos sonhos. Na manhã cedinho já sabia por quem estava enamorado e resolveu escrever uma cartinha,
E assim passou o resto do dia sozinho, pensando e rabiscando a cartinha que no final ficou compridaaa...
A tardinha arrumou uma cestinha com os mais lindos ovinhos de chocolate colocou junto a cartinha e saiu para deixar bem na janela da coelhinha Lili.
Com o coração disparado voltou correndo com medo que ela acordasse e corresse com ele dali.
Já estava bem longe, lembrou-se... Xi... esqueci de assinar a cartinha. E voltou aos pulos ao chegar a porta estava aberta a cartinha sumiu, com certeza Lili já estava lendo. E assim cuidou em se esconder.
De longe ficou observando quando Lili chegou na janela olhou de um lado, do outro, balançando a carta gritou como se quisesse que toda a floresta pudesse ouvir.
- Que carta mais comprida!
Quem terá colocado aqui em minha janela?
O pobre do coelho voltou correndo para casa, passou os dias seguintes triste sem apetite, não dormia e nem mais saia de casa,
Não mais viu o grupo muito menos Lili, O que fazer para descobri o que ela achou da carta e ficava sozinho, pensando, sofrendo suspirando.
Uma semana depois, o grupo saiu da fabrica de chocolate e foram visitar o amigo, precisavam saber o motivo do sumiço e Lili foi junto.
O coelho desanimado nem ao menos se levantou da sua rede para receber os amigos.
Então Lili se aproximou e falou da carta que recebeu dizendo está também muito triste pois não sabia quem a escreveu.
O coelho se animou e quis saber cheio de medo e curiosidade;
- E você gostaria de saber quem a enviou? Perguntou tremulo...
- Sim, sim.. gostaria muito, já perguntei a todos os nosso amigos, nenhum foi o autor. Disse tristinha.
- Foi... eu.. gagueijou o coelho, se não quiser mais ser a minha amiga eu vou entender, disse escondendo a cabeça nas patinhas.
Lili deu um salto e caiu nos braços do coelho, dessa vez o seu coração batia tum...tum...tum mas era de felicidade,