A TARTARUGUINHA TONTINHA, TONTINHA

Era uma vez uma tartaruguinha tontinha, tontinha saiu de casa para passear e na rua se perdeu, passou o dia, chegou a noite, ela não encontrava o caminho de volta, quanto mais andava mais perdida ficava.

E todos que encontrava a mesma frase ela dizia:

- Eu sou a tartaruguinha estou perdida tontinha, tontinha, quero encontrar a minha mãezinha.. Você a viu por ai? – perguntava na esperança de encontrar.

O sapo coçou os olhos abriu o bocão,

- Eu nunca saio para longe do lago, não tenho ideia de onde encontrar a sua mãezinha; disse o sapo se espreguiçando. Mas vendo a tristeza da tartaruguinha o sapo resolveu ajudar e pelas ruas seguiram.

Numa esquina encontraram o gato seu banho de língua. A tartaruguinha foi logo perguntando:

- Senhor nobre gato, você sabe onde posso encontrar a minha mãezinha?

O gato lambeu a mão alisou os bigodes: - Miau, pobre tartaruguinha não posso te ajudar, eu também estou perdido, saí para encontrar uma gata e não encontrei o caminho de volta, sinto saudades do conforto que eu tinha, da comida boa e agora vivo nas ruas mendigando resto de comida, Concluiu o gato com o olhar perdido.

A tartaruguinha abriu os olhinhos tristes.

- Então vamos juntos quem sabe encontramos o que procuramos. Disse esperançosa.

O gato se sacudiu já tomado seu banho matinal e juntos seguiram, o sapo pulando e coaxando, o gato andava contando passadas assim a tartaruguinha não ficava muito atrasada.

E lá foram, quando de repente apareceu um passarinho curioso querendo saber o motivo daquele passeio.

O gato se adiantou fazendo com que o passarinho voasse com medo de ser devorado.

- Oras! Oras!, Não estou com fome e se estivesse não iria sujar os meus dentes com suas penas fedidas. Disse o gato rindo da carinha de medo do passarinho.

- Eu que não sou bobo para confiar num gato do seu tamanho, com essas garras afiadas e dentes pontudos. Disse o passarinho no galho da árvore onde o gato não o alcançaria.

- Parem de discutir- disse a tartaruguinha arrastando as palavras. Eu quero encontrar a minha mãezinha. Se ficarem ai brigando não vou encontrar nunca,

- Eu posso voar e assim fica fácil de encontrar a sua mãezinha. Descreva ela todinha, pediu o passarinho.

A tartaruguinha cheia de esperança foi logo dizendo: A minha mãezinha é grande tem o casco amarelado, usa sempre uma roupa quadriculada e nunca solta a bolsa e a sombrinha.

O passarinho prometendo voltar com noticias bateu asas.

O sol estava muito quente resolveram sentar a uma sombra para descansarem, quando o sapo olhou de lado e viu o lago de águas azuis,- Pensou vou tomar um banho e volto correndo e num pulo caiu na água e mergulhou.

O gato foi beber água, apanhou uma folha encheu e trouxe para a tartaruguinha que bebeu sentindo-se aliviada do tremendo calor.

As horas passavam, a noite estava quase engolindo o dia o sapo não apareceu e o passarinho não voltou.

- O passarinho se foi com certeza encontrou um belo pomar com frutas suculentas, se refastelou e esqueceu do que prometeu. Trazer noticias da minha mãezinha. Completou a tartaruguinha tontinha, tontinha,

O gato com a sua astúcia foi logo dizendo:

- Não devemos confiar em bichos que voam e nem bichos que pulam, veja o sapo, no primeiro lago nos abandonou. O passarinho não mais voltou. Mas vamos minha amiga em algum lugar vamos encontrar a sua mãezinha e o meu lar tão querido. Disse o gato suspirando com o olhar perdido.

Uma raposa faminta que andava em busca de alguma presa para o seu jantar parou ao ver aquele o gato, lambeu a boca, esbugalhou os olhos e já imaginava o farto jantar que teria. Pensou a maldosa raposa.

Ela só não esperava que o gato fosse bem mais esperto que ela.

- Senhor gato que andas procurando? Nunca o vi por esses lados. Perguntou a raposa se fazendo de amiga,

O gato não se deixaria enganar pela astuta raposa, tartaruguinha se enfie em sua casinha e fique ai quietinha eu vou me proteger dessa esfomeada. E rapidinho subiu na árvore deixando a raposa com água na boca e cara de derrotada.

Cansada de esperar que o gato descesse ela partiu em busca do seu jantar.

O gato mais que depressa desceu pegou a tartaruguinha acomodou em suas costas.- Segure bem, vamos sair daqui e voltar para as ruas com certeza lá a raposa não se atreve ou será escorraçada pelos cães.

Já era tarde o gato estava cansado e resolveu procurar um lugar seguro para passarem a noite e bem cedinho voltaram a procurar.

Quando o sol espichou os olhos, o silêncio ensurdecia e uma chuvinha fina caia banhando a rua.

De repente ouviram o canto do passarinho que chegava afobado de tanto voar se sacudiu para secar as penas dos respingos da chuva e foi logo dizendo:

- Eu não encontrei a sua mãezinha, mas sei onde fica a casa do grandalhão ai. Disse apontando a asinha para o gato.

O gato não sabia ser miava, se saltava ou chorava de felicidade.

- Vamos diga onde fica em qual direção se é longe ou perto, vamos seu passarinho fale,, Gritava o gato sem parar para respirar.

A alegria era tanta que nem percebeu que a tartaruguinha chorava de tristeza encolhida num canto.

- Soluçando ela disse: Agora que o amigo encontrou sua casa eu volto a ficar sozinha para procurar a minha mãezinha.

O gato foi até ela deitou-se para ficar bem pertinho da amiguinha. – Não vai ficar sozinha irá comigo e vou cuidar bem de você,

A tartaruguinha abriu os olhos cheios de lágrimas e aninhou-se junto a pata peluda do gato que acariciou com carinho.

Então foram seguindo o passarinho que voava baixinho, o gato levando a tartaruguinha nas costas e a esperança brilhando em seus olhos.

A manhã passou apressada, no meio da tarde o gato avistou a sua casa e correu para o portão pulando e miando como se chamasse o seu dono. Logo o portão foi aberto o gato voar até encontrar o seu dono que o abraçou rolando pelo chão tamanha era a felicidade dos dois. O passarinho bateu asas e voltou para a floresta.

Tempos depois o menino viu a tartaruguinha encolhida em seu casco.

- Mamãe! Mamãe! Veja o que achei aqui no jardim, gritava o menino levando-a na palma da mão.

- Ela é tão pequenina, coloque em um cercadinho, leve água e frutas, a pobrezinha parece triste e faminta- Disse a mãe do menino.

E assim a tartaruguinha ganhou um novo lar e um dia quem sabe encontraria a sua mãezinha.

Todos felizes a historinha termina aqui e quem quiser conte outra.

Irá Rodrigues

Diretora Internacional da divisão de Literatura Infanto-juvenil

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 02/10/2018
Código do texto: T6465957
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.