INDIAZINHA NAUMÃ

Naumã era uma indiazinha da tribo Tupã Macaé tinha 08 anos, quando Naumã nasceu, o pajé da tribo anúncio a menininha, dizendo que um espirito muito iluminado teria nascido que era como uma estrela, que os bons espíritos a mandaram para fazer o bem e cura as pessoas e os animais. A menina cresceu era uma indiazinha linda sorridente, todos na tribo gostavam dela, ela gostava de brincar com as outras crianças. Certo dia ela estava brincando perto de um lago e encontrou um filhote de onça deitado e ferido, certamente a mãe teria sido capturada e o filhotinho estava perdido, e já tinha sido atacado por algum animal, o filhotinho estava quase morto, Naumã tocou nele e logo o bichinho abriu os olho, a indiazinha resolveu leva para a tribo. A relação de índios daquela tribo com onças não era boa, as onças eram inimigas, como a tribo ficava localizada em uma área muito densa de mata na floresta amazônica e lá tinham muitas onças, elas eram muito perigosas, e os índios sempre que saiam pela mata para caçar não desejavam encontra com elas, e já tinham muitas histórias de lutas de índios com onças, e algumas não tinham acabado bem, inclusive o avô de Naumã havia sido morto por uma onça. Naumã pegou o filhotinho no colo e levou para sua oca, chegando lá todos levaram um susto e a menina sorrindo, falou que tinha achado o gatinho ferido e que desejava ficar com ele, o pai imediatamente disse que ela não podia ter trazido o gato mal para tribo, ela teria que leva-lo de volta para a mata. A indiazinha sentou no chão com o seu gatinho e começou a chorar, Naumã nunca chorava, ela sempre estava feliz e deixando os outros felizes com sua alegria. O pai tentou explicar para menina a histórias dos índios com as onças, não quis conta à história do seu pai, pois o deixava muito triste, só disse que o gato trazia má sorte para tribo. A menininha com olhar piedoso, disse ao pai que ele podia deixa-la ficar com o gatinho só por um tempo, até ele saber se cuidar na natureza, o pai pensou um pouco, mas meio contrariado deixou, e disse: só um por tempo, e quando chegar a hora vamos leva-lo de volta para mata. A indiazinha sorriu com seu sorriso que iluminava tudo, suas mãe e irmãs que estavam quietas observando o pai, também ficaram contentes quando a indiazinha se alegrou de novo. Naumã era só uma criança, mas quando crescesse todos sabias que ela tinha uma grande missão a cumpri, a indiazinha era bondosa, e tudo que ela tocava parecia ter mais vida, sua relação com a natureza era muito harmônica, ela amava as plantinhas conhecia muitas, sabia o nome delas e quando alguém estava doente ela pegava uma de suas plantinhas e fazia algum remédio para o doente, ela vivia coletando plantinhas, gostava de colher flores diferente na mata e distribuía para os anciãos da tribo. E quando saia levava seu gatinho com ela, a indiazinha deu um nome ao gatinho de toró, ele estava crescendo bem rápido era brincalhão e dócil, e nada lembrava o instinto feroz das onças, talvez porque tinha sido criado pela indiazinha que o tinha amansado. Os dois corriam na mata de um do lado do outro, ela gostava de correr com ele. Certo dia ao voltar para casa o pai já a esperava, e quando ela o viu já sabia o que o pai ia dizer, ficou logo triste, mas era o que tinham combinado e agora certamente, toró já saberia se cuidar na floresta. O pai pegou o gatinho que já estava bem grandinho e saio sem falar nada, andou para o mais longe possível, pegou sua canoa atravessou o rio e o levou para o outro lado do rio. Chegando lá, deixou toró no chão e entrou na canoa, o gatinho ficou olhando para ele, o índio sentiu dó por ter que deixa-lo, mas sabia que era melhor assim, pois logo, logo ele cresceria e poderia se torna uma grande perigo para tribo.

Chegando em casa a indiazinha estava meio tristinha ainda, mas ele tratou logo de trazer um presente para a indiazinha trouxe uma orquídea que achará do outro lado do rio, era uma bela flor que a indiazinha nunca tinha visto, ela ficou feliz e o pai saiu contente.

Passaram-se anos Naumã agora já tinha 12 anos, era uma mocinha e tinha muita sabedoria, sabia manipula as ervas como poucos naquela tribo, ela tinha um dom, cultivava muitas plantas e fazia remédios com elas.

Um dia quando Naumã coletava plantinhas na mata se afastou muito na tribo sem perceber, ela sempre caminhava só, estava distraída quando de repente se deparou com uma onça gigante na sua direção, Naumã ficou com medo, lembrou-se de todas as histórias sobre as onças que seu pai lhe contará, e agora ela estava ali, paralisada de medo da onça, que olhava nos seus olhos e perecia pronta para atacar, de repente a onça correu na sua direção e a menina fechou os olhos, e ouviu só um barulho quando abriu os olhos tinha duas onças brigando no chão uma era toró que pulo em cima da outra onça que queria atacar a menina, elas começaram a brigar e toró expulsou a onça mal, e quando a outra foi emborra, toró foi na direção da menina como um gatinho que quer o carinho da dona, e logo a menina reconheceu toró que estava um pouco ferido, e a menina foi logo tratando do bicho, pegou algumas plantas e colocou no ferimento de toró, e abraçou o amiguinho que a muito tempo não via, ele que a indiazinha salvou a vida há um tempo a traz, hoje estava salvando a sua, Naumã estava muito feliz ao ver toró outra vez, estava com o seu belo sorriso iluminado de novo.

Taiana Carvalho Paiva
Enviado por Taiana Carvalho Paiva em 16/10/2018
Reeditado em 24/03/2021
Código do texto: T6477613
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