A ÁRVORE MÁGICA

Era uma vez, alguns animais andavam pela floresta quando deparam-se com uma enorme árvore carregada de frutos vermelhos, todos os bichos ficaram encantados com aquela cor cobrindo todas as folhas, era um empurra, empurra querendo ser o primeiro a provar, mas tinha medo de ser ruim ou quem sabe venenosa, o morcego todo saliente se achando o espertinho cuidou logo de dar uma dentada e bum... caiu durinho no chão, todos os bichos assombrados corriam para longe da árvore, um gritava essa árvore é amaldiçoada seus frutos são venenosos, não cheguem perto gritavam andando de costas com seus olhos esbugalhados.

Logo pousou por ali um urubu que nem de frutas gostava, mas foi ser gentil e avisou que aquela árvore era mágica se não colhessem correto seus frutos poderia matar quem a pegasse. E pediu que ficassem longe.

- Mas como saber quando podemos comer se o pobre do morcego comeu e caiu duro no chão. Disse o sabiá com seu bico salivando diante das belas frutas.

- Esperem até o anoitecer, fiquem bem quietos assim que o sol partir uma velha chegará para colher e apenas ela saberá dar as informações. Disse o urubu batendo asas e partindo.

E assim fizeram, todos encolhidos atrás da vegetação, não se mexiam muito menos respiravam, quando depois que o sol se foi uma velha chegou e com cuidado começou a colher frutos enchendo a cestinha que trazia.

O esquilo se adiantou, correu até a velha e perguntou:

- Qual mistério dessa árvore e o segredo desses belos frutos. Queremos saber para poder comer sem cair duro como o pobre morcego.

A velha colocou a cesta no chão, pegou uma fruta entregou ao esquilo e disse que poderia comer. O esquilo deu um pulo para trás.

- Deus me livre e cuide da minha gula, coma a senhora primeiro, sou muito novo para morrer.

A velha com apenas dois dentes mordeu a fruta saboreando como se fosse a coisa mais gostosa do mundo, o suco escorria pelo canto da boca e ela degustando uma duas e outras dentadas até sobrar o caroço que jogou fora.

Aquilo animou o paladar dos bichos que se aproximaram curiosos querendo subir na árvore para tirar o maior numero de frutas e comerem até se fartarem.

A velha ao ver aquela euforia gritou: Quem subir nessa árvore cai de lá mortinho, não se atrevam.

- Então nos conte por favor, só queremos provar essa fruta tão linda e ao mesmo tempo misteriosa que pode até matar,- Gritou a tartaruga com sua cara de sono.

A velha já estava impaciente com toda aquela agitação em volta da árvore mágica.

- Fiquem todos quietos ou não tem explicação, vou falar bem devagar se fizerem errado vai se juntar ao morcego.

Todos os bichos se sentaram em volta da velha em silencio prestaram atenção ao que ela dizia:

- Essa árvore é mágica, suas frutas a salvação para quem sabe colher e morte para quem chega aqui aflito e vai colhendo sem saber a hora e dia certo. Muitos podem até desaparecer num passe de mágica e nunca mais voltar.

Os bichos cada vez mais curiosos e ansiosos para desvendar aquele mistério nada diziam.

- Essa árvore só dá frutos uma vez por ano e sua colheita tem que ser sempre a noitinha enquanto o sol se vai e a lua chega, se é noite escura melhor nem chegarem perto ou não terão historias para contar. Se a fruta for colhida antes ou depois, quem pegar cai duro sem ter salvação. Concluiu a velha pegando a sua cestinha cheia de frutos.

- Podemos pegar uma para provar? Perguntou o sabiá com seu bico salivando. Dou apenas uma bicada.

A velha pegou a cesta cobriu com uma toalha, virou-se para os bichos e disse;

- Quem se atrever a pegar em uma fruta do pé vai se arrepender, lembrem-se tem que ser no horário certo entre o sol partindo e a lua chegando. E assim a velha deixou todos de água na boca e sumiu feito fumaça .

No dia seguinte lá estavam todos a espera do sol partir e a lua chegar ai sim colheriam frutas para se deliciarem.

Ou o medo não os deixaria provar?

Autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 04/12/2018
Código do texto: T6518960
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.