O MENINO LAMPIÃO

Era uma vez um garoto iluminado, ele vivia no mundo do faz de conta. Um local distante de tudo, que nem luz elétrica possuía. Lá o arco-íris resplandecia todo dia e o astro rei brilhava tanto no céu, que parecia até sorrir. Mas durante à noite, às vezes o luar brincava de se esconder com as estrelas por trás das nuvens, e assim o menino precisava praticar o seu ofício noturno.

José Pedro, um garotinho de aproximadamente dez anos, morava com seu avô, um senhor bondoso que adorava ajudar as pessoas. Assim que o crepúsculo tingia o céu de vermelho-alaranjado era hora de Pedro acender os lampiões na rua e colocar o caldeirão de sopa na porta de casa. Seu velho avô ia enchendo os pratos e o garoto saía distribuindo para quem estava na fila. Era um ofício praticado com satisfação e sorriso estampado no rosto.

Um certo dia, o avô de Pedro amanheceu acometido por uma febre estranha. Chamou seu neto, e disse-lhe:

- Meu querido Pedro, eu estou me sentindo muito doente. O tempo parece sombrio. Não sei como faremos para distribuir a sopa de hoje à noite.

O menino olhou assustado para seu avô, e respondeu-lhe:

- Que triste vovô, mas não se preocupe! Eu irei cumprir todas as tarefas e ninguém ficará sem luz e sem sopa. Porque o senhor sempre foi um bom mestre!

Enquanto o seu avô se restabelecia do misterioso estado febril, o garoto foi descascar os legumes para fazer o caldo, juntou todos os ingredientes no tacho e colocou no fogo, ele já tinha os ensinamentos armazenados em sua memória, e foi fazendo exatamente como o avô havia ensinado.

Quando o sol se escondeu por trás dos montes, o garotinho foi acender os lampiões e distribuir a sopa de cada dia. Ninguém ficou sem tomar o caldo noturno. E assim, o luar apareceu agradecido; o cenário ficou deslumbrante, como se a luz do amor houvesse resplandecido.

O tempo passou depressa… o avô de José Pedro se recuperou e tudo se normalizou no mundo.

Assim também será na terra! A luz da esperança voltará a brilhar iluminando o final do túnel.

Acredita quem tem Fé!

Elisabete Leite
Enviado por Elisabete Leite em 27/04/2021
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