Alguém

Olhos pequenos, pretos e inquietos, extremamente penetrantes pareciam poder ler a mente, ver a alma, um sorrido marcante e sempre presente que poderia mudar do cálido ao cruel e sarcástico rapidamente.

Gestos ao mesmo tempo comedidos, raramente espontâneos, pensava muito antes de falar e sempre falava calmamente e nunca gesticulava. Este seu jeito quieto fazia com que muitos o chmassem antipático, porém não se importava com isso, cada um tem direito a ter uma opinião sobre outras pessoas.

Caminhava à seu ritmo e nada no mundo poderia fazer com que o alterasse, cantarolava as mesmas músicas, tranquilamente, em suas mãos macias destacava-se um anel, cujo símbolo nem mesmo ele sabia o que significado (se é que tinha algum), mas de que gostava muito, em seus pés sapatos extremamente limpos, porém desamarrados.

Dificilente perdia a calma, sempre que o fazia o motivo era muito mais que justo então, esbravejava, dizia verdades que precisavam ser ditas, então o chamavam estúpido, o que sabia não ser verdade já que todos têm

limites.

Para muitos um enigma a ser decifrado, para poucos simplesmente alguém.