"Entre uma batata doce e os sons, vindos das mesas mais ao lado..."

A minha sinceridade obriga-me a dizer-te, o seguinte – por mais que isso me doa e seja contrário, à minha pessoa –, este desespero que é só meu, de mim, das coisas que são só minhas, até desse sorriso que, para ti, sempre se prestou constante e atentatório, aprazível a mi alma, por te ver sorrir e, a vida, era um trajecto, feito lauto caminho, pleno de novidade, obviamente que não pode nunca deixar-te indiferente e por isso sofres, como tudo o que é triste e faz-me pena... Mas, meu amor, não sei de minha força, ainda que te tendo a meu lado e, esse medo, qual sorriso ou prazer, de ter-te comigo, é constrangimento só meu, perda irremediável de mim mesmo, resultado obsceno, egoísta e totalmente obscuro, de só assim conseguir mostrar-me a ti, meu lindo, amor.

Mas – e agora – o que será de mim?... E a poesia, que se foi, de vez?: Diz a verdade, que um cansaço, tem a última palavra: mas digam-me vocês, meus caros amigos,dizes-me tu, ó meu amor, de agora e de sempre, para quando o Sol, de novo amanhecido?

Falta-me tudo e só tu me tens valido... mas, pergunto-me ainda assim, bastante inquieto, em que estrada foi que deixaram a alegria, de a tudo sorrir, fazendo-te também a ti, trejeito simples e sincero, no teu rosto feliz, apenas por isso, sem obrigação nem constrangimentos, de última hora ou falta de fé, no que tu crês. Até sempre, anjo meu!!!

Jorge Humberto

31/12/04

Jorge Humberto
Enviado por Jorge Humberto em 14/12/2006
Código do texto: T318214