A bolha

Naquela manhã acordou em susto. Estava envolta por uma bolha invisível anti-mundo que tocava música exclusiva. Rolou até o espelho e nem lembrou de ver-se embolhada. Nem parou. E nem precisava de espelho. A representação de sua imagem rolava lá dentro também. A bolha translou ao redor dos compromissos até o fim da gravidade. Voou feito de sabão até o recôncavo do sofisma. Conchegada a si bolou o plano de deixar rolar. E claramente transparente - PÓC! - enfim.