A VIAGEM

A VIAGEM

A musica tocava ao longe. Suave, calma e tranqüilizante. De repente, encontrei-me em meio a um enorme jardim,a perder de vista na imensidão. Era repleto de flores...brancas, azuis, rosas...era dividido por um caminho comprido. Passei a caminhar, sorvendo todo o perfume floral que exalava ao ar. Cheguei então à beira de um lago, igualmente calmo e tranqüilo, de águas que corriam suavemente. Sentei-me à sua borda e pus meus pés dentro dele. Como que magicamente, as águas passaram a envolver todo o meu corpo, vagarosamente. Senti uma leveza tomar conta de cada parte minha. Após me envolver totalmente. Passaram a efetuar uma limpeza e desmagnetização de toda negatividade em mim dispersa, trazendo-me uma enorme leveza da alma e paz de espírito.

Agradeci ao lago. Retornei pelo mesmo caminho que havia me levado até ele. À frente, encontrei uma grande floresta. Fui adentrando com cuidado...encontrei um tigre, mais a frente, que parecia aguardar a minha chegada. Era manso, apesar de animal felino. Com um gesto que compreendi, passou-me a conduzir pelo interior da floresta. Caminhamos até encontrar uma enorme caverna. Parou à entrada. Entendi que teria de prosseguir sozinho minha incursão pelo interior da mesma. A gruta era escura...segui. encontrei uma mesa, farta em frutas...decidi que desfrutaria de alguns cachos de uvas, antes de prossegui. Continuei a caminhar. Ficava cada vez mais escuro. Pelo caminho, vi inúmeras fotografias de momentos de minha vida, desde os poucos meses de vida, passando pela infância e adolescência, ate chega em minha fase adulta...Até que ouvi uma voz, feminina e angelical, tão meiga e suave quanto a musica que ouvi no principio.

Minha mãe celestial, reconheci, embora não visse seu rosto. Sabia de algumas indagações de minha mente. Respondeu a uma delas. Disse-me que Deus não pretendia me levar tão cedo, como em algumas vezes desejei que o fizesse, pois minha missão ainda era grande aqui na Terra. Deu-me um presente...um livro. Prevendo minha nova indagação, respondeu-me que se tratava do “livro da bondade”, das coisas boas que fiz ate aqui. Perguntei sobre um possível livro das coisas ruins, ao que me respondeu que foi queimado, pois era insignificante perto do conteúdo do presente que me entregara. Retornei. A caverna não parecia mais escura. Era como se seu espírito de luz me guiasse e clareasse meu caminho de volta. Na entrada da caverna o amigo felino me aguardava. Conduziu-me ate a saída da floresta. Despertei de um profundo sono ao clarear do dia...

GILSON G SANTOS
Enviado por GILSON G SANTOS em 27/06/2008
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