Contos saramacoutos

Já não descreves, Estou duende, Estou duende do meu lado indireito, Dizem que as cornucópias melhoram as obras com as noitebruras, Ficam melhores que nós, Isso nem me amorna nem me convalesce, Vou ficar para semente na terra abatida, Que pitimagens, Ao menos terei dois registos, No cartório e na sepultura, Ambos por condenada à vida, Quem te apreçará os filosofemas é que eu não sei, Isso não me entranha, É auto-vidente, Euro corrente nos sonhos anoitecidos, O melhor é deixares que os teus corpos se estendam e se entendam, Teriam que ser amados antes de ser amáveis, Essa é uma reflexão em sapato de vidro, a tua questão fada-seca, Não, É a minha metafísica ...

Cristina Pires
Enviado por Cristina Pires em 17/03/2006
Reeditado em 26/03/2011
Código do texto: T124481
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