Guerra civil

A cidade estava em caos, cavaleiros atiravam para todos os lados, rebeldes jogavam pedras dos prédios. O papel picado do dia anterior ainda estava jogado no chão, agora estava sendo pisoteado pelos cavalos e pela população aos prantos.

Assistindo a toda aquela cena estava um jovem jornalista documentava os fatos:

“As forças do exército invadiram a 15 de Março, a população não sabe se corre das balas ou se esconde nos becos lamacentos e cheios de ratos, do alto dos prédios pessoas comuns tomadas por um súbito de coragem atiram pedras sem se importar se estão atirando em pessoas inocentes ou em soldados armados, nesse ambiente de tumulto geral qualquer coisa se torna uma arma...”

O caos dominava a população, nas escolas, nas casas, nas ruas todos os ambientes tinham um sentimento em comum – o temor. A vida estava por um fio. Mas no meio do tumulto surge uma imagem de esperança, segurando em cada mão uma criança um homem de barba longa e blusa branca ergue-se e vai de encontro aos soldados. Com uma voz vibrante um grito único ecoa liberdade pelos quatro cantos.

A população antes aterrorizada vendo aquele homem sozinho afrontar a polícia pensa que ele é louco. Do outro lado um soldado aponta o rifle para ele com a intenção de atirar mas logo outras crianças vêm ao seu auxílio e cercam o chamando de herói.

“Mas no meio do tumulto surge à liberdade, seu som ecoa nos ouvidos das pessoas e em volta de um círculo de crianças, cercada pela esperança, um corajoso homem avança...”

As crianças chamam a população e aos poucos a coragem toma conta das pessoas aos poucos cada um vai saindo de seu esconderijo e se juntado ao som de liberdade, que a cada minuto vai se tornando mais forte. A polícia atira para o alto a fim de conter aquela súbita coragem da população. Uma linha estava sendo formada pela a população, frente a frente com os soldados.

Avançando passo a passo a população caminha para a vitória cantando o som da liberdade, nada de um regime opressor. Nas janelas as pessoas já botavam a cabeça para o lado de fora sem temer e davam apoio aos corajosos manifestantes.

A cavalaria antes impotente estava acuada, agora a rua estava bem dividida, mas aos poucos os soldados recuavam mesmo com aramas de fogo sabiam que se atirassem muitas crianças iriam se ferir e a polêmica sobre o incidente iria percorrer toda a história.

“Com uma coragem antes inexistente a população também se levanta e um a um e se juntando sob a liderança de um homem sem temor todos gritam por liberdade. O exercito está acuado sem saber o que fazer...”

Novamente tiros, mas nenhum na direção dos manifestantes. Não demora muito e um grito se escuta do outro lado e uma rajada de feixes luminosos é disparada, e sem demorar muito as pessoas vão caindo, os papéis picados vão ficando cada vez mais vermelho. Com o temor as crianças também vão saindo correndo outras morrendo, mas as que estavam segurando a mão do corajoso homem, permanecem. Do alto de seu corcel um bravejante cavaleiro urra e logo depois um tiro solitário é escutado. Mais uma criança corre.

Ao chão tomba a voz da liberdade. O branco da paz e da vontade de viver é coberto pelo vermelho sangue (a cor da morte). Mas ainda tomada sobre a coragem uma única criança se ergue e ao invés de fugir levanta seu braço e mostra uma linda rosa branca.

“Na pressão o exército toma força e realiza uma verdadeira chacina, cada pessoa vai caindo, escuta-se gritos e crianças e choro de bebês em um lugar não tão distante, mas quando a voz da liberdade finalmente é calada surge uma nova esperança nos braços de uma criança e uma rosa branca é erguida em protesto.”.

Bruno Edson
Enviado por Bruno Edson em 01/01/2010
Reeditado em 04/01/2010
Código do texto: T2005801
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