História de um qualquer (Pt. I)

Vou contar aqui a história de Pedro Álvares da Silva, ou seria Cristóvão Pelé, na verdade o nome do tal não importa mais, já que o mesmo falece no pequeno cemitério onde fora enterrado e que vive atualmente.

Nosso amigo se formou na barriga de sua mãe (como de costume) que se chamava lindamente de Darlinda Silvana; mulher de orgulho, quando alguém lhe perguntava o nome, a mesma fazia questão de dizer em bom tom e numa voz limpa como uma roupa que acaba de ser lavada: “DARLINDA SILVANA”. E foi com esta sua voz encantadora que ela conquistou Joaquim Álvares, filho de João Peixe e Maria Serrote. Os dois se identificaram tanto por serem tão parecidos (desmistificando o velho mito de que os opostos se atraem) que, numa noite em que a lua brilhava tão intensamente que doía os olhos ao vê-la e que mais parecia dia do que noite, Joaquim trouxe em uma caixinha tão pequena quanto uma caixa de fósforos, um anel brilhante que se encaixava perfeitamente no dedo de Darlinda Silvana. Era uma aliança, como pedido de casamento! E num olhar apaixonado Joaquim fala como nos filmes:

-Darlinda Silvana, quer casar comigo?

Darlinda não hesita:

-Sim, e você?

Joaquim também não hesita:

-Sim!

Os dias se passaram rapidamente, como que um raio no céu, e finalmente chega o tão esperado dia: o dia do casamento!

A festa estava bonita e alegre, o cheiro da felicidade cercava a todos que ali estavam, e após a grande e famosa frase do padre “Podem se beijar”, os dois deram o grande e famoso beijo. E como conseqüência, vieram as palmas de todos ali presentes, e daí uma música começou a ser tocada dando início ao grande e famoso “comes e bebes” (se é que esta é a maneira certa de falar).

Continua....

Calor do cão
Enviado por Calor do cão em 19/06/2005
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