O PEIXÃO E A SEREIA
Nas profundezas do mar
Encontrou um peixão
Lindo que parecia gente
Com cara de príncipe
Tinha umas barbatanas coloridas
Encantada com o tamanho do peixão
Se fez de Sereia e se pos a cantar
Bobo como todos os seres machos
Caiu feito um peixinho na rede dela
Pelo encantamento do canto da falsa Sereia
Satisfeita com seu feito, pescou o peixão
E carregou o tão carnudo e forte peixão para a sua ilha
Lá ela o tratou como um príncipe e cantou para ele
Serviu banquetes de todas as iguarias bem engordantes
Durante semanas e semanas e o tempo foi passando
E ele a esperando, pois desejava loucamente aquela Sereia
E a Sereia desejava loucamente aquele enorme peixão
Mas ele estava numa vida mansa, com comidinha na boca
Cuidados da Sereia que tão atenta a isso, ele foi egordando
Engordando e engordando, que se tranformou num Rei Momo
Barrigudo, muito longe daquele peixão com cara de príncipe
Mesmo assim, ele esperava pela Sereia, que nunca vinha
Ela sempre adiava sua ida dizendo que se degustava na hora certa
Enchendo o peixão de porcarias para comer, que ela não comia
O peixãozão virado num balão estava no ponto que a Sereia queria
Muito tempo sozinha naquela ilha sem ter o que comer, logo...
Faminta estava, mas não de desejo e sim de fome e de comer o peixão
Numa noite em que fez ele comer demais e ele adormeceu de preguiça
Ela atacou de mulher faminta...fritou o peixão gordo e cheio de carne
E assim saciou seu desejo...o da fome, pois comeu o peixão inteirinho
Sem dó nem piedade enchendo a barriga...é a Lei da sobrevivência!...