O PEIXÃO E A SEREIA

Nas profundezas do mar

Encontrou um peixão

Lindo que parecia gente

Com cara de príncipe

Tinha umas barbatanas coloridas

Encantada com o tamanho do peixão

Se fez de Sereia e se pos a cantar

Bobo como todos os seres machos

Caiu feito um peixinho na rede dela

Pelo encantamento do canto da falsa Sereia

Satisfeita com seu feito, pescou o peixão

E carregou o tão carnudo e forte peixão para a sua ilha

Lá ela o tratou como um príncipe e cantou para ele

Serviu banquetes de todas as iguarias bem engordantes

Durante semanas e semanas e o tempo foi passando

E ele a esperando, pois desejava loucamente aquela Sereia

E a Sereia desejava loucamente aquele enorme peixão

Mas ele estava numa vida mansa, com comidinha na boca

Cuidados da Sereia que tão atenta a isso, ele foi egordando

Engordando e engordando, que se tranformou num Rei Momo

Barrigudo, muito longe daquele peixão com cara de príncipe

Mesmo assim, ele esperava pela Sereia, que nunca vinha

Ela sempre adiava sua ida dizendo que se degustava na hora certa

Enchendo o peixão de porcarias para comer, que ela não comia

O peixãozão virado num balão estava no ponto que a Sereia queria

Muito tempo sozinha naquela ilha sem ter o que comer, logo...

Faminta estava, mas não de desejo e sim de fome e de comer o peixão

Numa noite em que fez ele comer demais e ele adormeceu de preguiça

Ela atacou de mulher faminta...fritou o peixão gordo e cheio de carne

E assim saciou seu desejo...o da fome, pois comeu o peixão inteirinho

Sem dó nem piedade enchendo a barriga...é a Lei da sobrevivência!...

Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 14/11/2006
Reeditado em 14/11/2006
Código do texto: T290744
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