AGENOR E CREMILDA - FINAL - (Revelado o segredo de Cremilda)

Enquanto o universo acalentava suas vidas no quintal do infinito, em algum lugar das moradias do Criador tudo era festa e paz. Em um ponto desse lugar, a luz celestial banhava os seres espirituais que um dia animaram corpos mortais no lugar chamado Terra. Eram eles conhecidos por Agenor e Cremilda. O casal que foi feliz na Terra e hoje o é nas regiões chamadas de Céu.

Nessa vasta região existe um mundo fluídico, animado pelas forças vitais da espiritualidade. Há de tudo de bom, que a natureza terrena oferece aos seres humanos.

Assim, Agenor e Cremilda, vivem felizes, pois acompanham a felicidade de seus filhos que ainda vivem na Terra, no mesmo local conhecido por bairro do Bracaiá onde expandiram seus limites adquirindo terras vizinhas e formando uma grande fazenda de criação de gado.

Mas, não é deles que nos propomos a falar agora e sim, das duas almas puras na espiritualização de Cremilda e Agenor. Eles moram numa casinha linda feita de material diferente de todos os materiais que se conhecem na Terra. É bom que se diga que tudo no Céu é aparentemente igual aos similares que existem na Terra e nos outros mundos habitados, porém, o é em caráter fluídico apenas, manipulados por entidades especializadas

nesse mister. Isto é permitido pelo Criador para a melhor aclimatação ambiental dos espíritos vindos dos mais variados mundos, entre eles mundo exótico para nós humanos, tendo um deles em que os espíritos se “reencarnam” em árvores. É verdade, em árvores sim, é o mundo vegetal, de conformidade com as necessidades expiatórias de cada alma a “reencarnar”. Nesse mundo existe muito amor, amizade, carinho. Quando de um vento forte, uma brisa amena ou uma aragem de média pressão, as árvores se tocam e, nesse ato ao se encostarem, transmitem amor, carinho, amizade. Nas ventanias, as almas vegetais “reencarnadas” sentem um amor profundo e, como uma família conforme conhecemos, fecundam-se através dos órgãos florais, os frutos nascem, amadurecem, caem e germinam, protegidos à sombra de seus pais, dando ensejo a novas “reencarnações” vegetais.

Outros mundos também existem, como aquele que os encarnados não precisam se alimentar, não tomam líquido algum, mas precisam respirar diuturnamente para encherem os pulmões. É verdade! Está na literatura espírita, consultem-na.

No entanto, não nos desviemos da região celeste onde Cremilda e Agenor cumprem seu ciclo nas zonas de felicidades. Até as casas, em sendo de material diferente, podem ser esticadas, diminuídas, de todos os lados e para cima com a maior facilidade, apenas com o pensamento em forma de vibração, quando entidades conhecidas vêm visitar os moradores dali. Esse material da construção é todinho transparente e visível de todos os lados. No Além os espíritos não se escondem e até o que uns pensam os outros estão lendo simultaneamente, basta que queiram e lêem os pensamentos ou vibrações que é o pensamento do espírito, uma vez que estejam ligados ou apenas desejem que isso aconteça. A transmissão espiritual grosso modo, é como o envio de um e-mail no plano virtual, só que com mais precisão, rapidez, clareza e instantaneidade. Ao redor da casa há jardins lindíssimos, com flores e coloridos que nunca se viram na Terra, e o perfume viaja como uma nuvem levando o olor agradável a todos os cantos. Há também espécies de aves canoras que vivem nas grandes árvores dos arredores e cantam constantemente. Não falo em gorjeio, falo em canto mesmo, com som tão maravilhoso que cura qualquer anseio sentimental que geralmente acompanha a alma quando esta deixa a Terra. O canto das aves repercute tão suavemente como se fossem cantos líricos de sopranos acompanhados de espetacular orquestra sinfônica. Os espíritos também não se alimentam nem saciam a sede nem dormem, pois não têm os desejos e necessidades materiais. Precisam sim, do alimento moral, do amor divino, de vibrações benéficas, da união de entidades espirituais. Só assim conseguem manter o status de espírito bom e iluminado.

Essa é a vida que Cremilda e Agenor desfrutam no novo mundo em que agora habitam. A vida verdadeira como dizemos aqui na Terra. Até quando, é difícil de analisar, pois os espíritos não retroagem e a eternidade e o infinito constam do código divino.

Lucan
Enviado por Lucan em 16/03/2007
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