O VENTO LEVOU

Também, já tão surrado e com cheiro de suor.

Sempre suarentos, cheiravam a mato, terra e fortemente a tabaco e um a pouco de cachaça. Ambos, um misto silvestre.

Para o mau tempo, um teto refrigerante, para quando o sol a pino se manifestava impiedoso, em casos contrários, jungido ao peito transformava-se em porto acolhedor e seguro, enquanto se mostrava a atmosfera bravia e a vociferar trovejante.

A ele confiava seus secretos medos, confessando-lhe sentimentos que ignorava os porquês.

Os dois, dali,

Sem que se saiba de onde vieram.

Brejeiros e muito próximos, porém de fibras tão distintas.

Sem lhe caber correr...

Pouco a pouco foi tombando, convicto de que teria de tudo se apartar;

Apertou forte como se quisera entranhar ao peito o fiel companheiro.

Em meio ao que jazia, um só dos personagem sob o domínio avassalador do deslizamento, tempestivo o vento soprava afastando dali para além o que se havia transformando.

Infelizmente nada se pôde fazer. Nem mesmo o seu velho chapéu foi possível trazer-lhes - O vento levou!

Cláudia Célia Lima do Nascimento
Enviado por Cláudia Célia Lima do Nascimento em 11/08/2015
Reeditado em 11/08/2015
Código do texto: T5342372
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