Agredindo a Ética, a Moral e parceiros

O gringo era raivoso, parecia mesmo estar desestabilizado, mentalmente desequilibrado e cego.

Seguia costumeiramente recomendações de cupinchas, muitas vezes absurdas e/ou em desacordo à termodinâmica e a muitos dos princípios elementares da engenharia química. Noutros momentos em que deveria demonstrar sabedoria e agir com serenidade, perdia o controle sobre as ações tomadas e/ou realizadas pelos legítimos colaboradores. Naqueles momentos gritava descontroladamente com os 'parceiros' e batia violentamente com a mão direita contra a superfície da mesa. Todos percebiam – e alguns chegavam a emitir comentários envenenados na boca miúda – de que se tinha ali uma estranha forma de dirigir uma empresa de engenharia de projetos, onde sabidamente os técnicos e engenheiros demonstram ser competentes e dessa maneira destacam-se em suas respectivas disciplinas.

Como se sabe, um projeto sempre começa, o que é normal, pelas ações e definições na seara da disciplina processo, com a equipe de colaboradores do processo recebendo a carga maior de comentários e críticas daquele que a lidera corretamente. Mas o sujeito estapafúrdio, rodeado por fiéis puxa-sacos prostrados em outras disciplinas, acabavam por se divertirem numa atípica conotação de que apenas denegriam a imagem de competentes e sérios técnicos e engenheiros nas cadeiras do processo. O atônito e atabalhoado diretor concordava entanto com seus 'homens de confiança' e, dessa forma, engrossava o caldo das besteiras perpetradas ao projeto. Dessa forma, afastava-se da qualidade medida pelos parâmetros formalizados em contrato que regiam as exigências ditadas explicitamente, de há muito sabida por quem labuta com clientes sérios e competentes. Era, pois, a presença da anti-engenharia, onde a técnica era posta de lado e tão só os caprichos oriundos da fraqueza dos conhecimentos técnicos do ditador eram impostos, comprometendo a imagem de todo um grupo de técnicos e engenheiros sérios. Nítida defecção no projeto em curso ocorria justo pela ação daquele que deveria ser o seu maior depurador. A empresa era violentada, os técnicos agredidos em seus cabedais de conhecimentos feitos ao longo de décadas e décadas de atuação na engenharia de processos.

Nada além da ameaça à manutenção dos colaboradores conseguia-se observar nas palavras mal pronunciadas daquele ser, que lastimavelmente pouca ou quase nada de técnica valorosa era capaz de transmitir aos comandados; e, por uma forma condenada à luz da Moral e da Ética, ainda era denunciante de um péssimo caráter então revelado com ferocidade contra comandados. Sim, tentava o medíocre ser induzir medo ao mesmo tempo que procurava imputar a culpa aos parceiros competentes pelos absurdos que defecava no projeto de modo ditatorial, perfazendo um fato que, sobre a curva registradora do progresso do projeto, frequentemente em nada impactava o compromisso assumido pela equipe de processo com o grande e poderoso cliente da empresa Hell, a companhia Oil A Lot, absolutamente.

Falta de competência gerencial banhava aquele ser horrendo e conformava uma lastimável maneira de administrar uma empresa de projetos de engenharia, a qual, sob a ótica do seu cliente Oil A Lot, acumulava considerável atraso temporal, fato que era suficiente para merecer uma avaliação contundente do andamento dos serviços realizados, de modo a apurar ou simplesmente para ser a confirmação do baixo índice de realização das atividades planejadas.

Inserir mais um coordenador para catalisar o projeto atrasado para ocupar sua pífia função desempenhada naquele instante (não colaborativa, mas nociva!) foi seu último sopro de incompetência demonstrado e efetivado contra a equipe de processo. Limitou-se a obrigar que o novo coordenador dispensasse um colaborador e o fez justo na disciplina onde residia o atraso do projeto: no team de processo. Sem dúvida alguma, infeliz fora mais uma vez na tentativa de estabelecer seu diagnóstico sobre o problema da empresa: o dispensado estava há apenas 3 meses na empresa e chegara quando o tal atraso já era real e devidamente entendido por todos, nada sendo inquirido sua verdadeira causa. Estava o dito atraso estabelecido, sabido por todos e encerrava mais de um mês – tinha valor maior!...

A causa do atraso antecedia à chegada do novo colaborador, mesmo assim o gerente-ditador praticara mais uma vez um ato com características inerentes àqueles detentores de incompetência gerencial extrema, ou melhor, o 'gerente' promovera um ato escroto e repugnante, extremamente autoritário e cruel ao pacato colaborador. Assim, efetivara-se para os demais membros da Hell, do rol de não-puxa-sacos, como nocivo àquela empresa que perdera um parceiro criativo, culto, educado e competente, de máxima assiduidade ao trabalho.

Especulou-se que o ditador queria um bode expiatório para a situação do atraso reclamado pela Oil A Lot.

O problema, por sua vez, fora claramente percebido pelo experiente colaborador dispensado: constituía-se na venda feita de serviços com tempos incompatíveis e aquém dos valores requeridos para as necessárias realizações das tarefas do projeto.

Tal coisa já havia sido percebida pelo colaborador dispensado desde quando fora iniciado na empresa. O diretor, arrogante, jamais dera ouvidos ao novo colaborador e até o advertira por fazer este tipo de crítica, muito bem colocada nas primeiras semanas de parceria naquele projeto.

No rompimento do contrato, um desajuste de informações: o novo coordenador, que quase nunca costumava falar alguma coisa – praticante de uma forma de gerenciamento adequada para mudos –, agradeceu e reconheceu o empenho, a cultura e competência elevadas do dispensado. Falou ainda que a empresa não dispunha momentaneamente de receita suficiente para manter 2 engenheiros seniores na disciplina processo. Depois, talvez jogando a responsabilidade daquele ato para o tirano diretor omisso à finalização da parceria, colocou que uma engenheira estava sendo negociada para aquela vacante função há muitos meses e que só agora se consolidara a sua vinda para a Hell. Todavia, conforme é sabido de Dermann, nada esteve certo com a tal engenheira a ser contratada, a qual jamais integrou o quadro de parceiros da Hell – e tal contratação de fato jamais ocorrera!

Fora apenas mais um típico caso de desrespeito a quarteirizados neste país negligente para com a Ética e a Moral.

Talvez, se contratada a nova engenheira, a mesma viesse a ouvir coisinha parecida... mentira!

Salvador, 16/01/2009.

Oswaldo Francisco Martins
Enviado por Oswaldo Francisco Martins em 06/03/2016
Reeditado em 07/03/2016
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