Um encontro maravilhoso

Volta e meia as coisas capeavam em torno dos acontecimentos diários.

O que realmente parecia, não era.

Eu como de praxe estava à escrever deitado em minha cama mal arrumada, algumas dezenas de livros davam um clima de biblioteca, aquele quarto respirava inspiração, meu recanto secreto. Compunha meus versos em prol de distrair a cabeça. Procurava verdades mais além do que letras, sinônimos e adjetivos e quando eu ortografava, viajava para um mundo onde as verdades eram duradouras, onde a mentira era banida e toda paleta de cores poderia ser usada quando bem entendesse.

Por toda minha abrangente vida, inúmeras inverdades foram colocadas em questão, imputavam a mim o que era conveniente acreditar, o conforto de dizer que todo mundo era assim, típica frase muito usada nos quarto cantos da orbe.

Enquanto as crianças gostavam de brincar de piques e tudo mais, eu, curtia ler e criar mundos no meu imaginário.

Na adolescência por consequência de coisas erradas que eu fiz, tive minha relação com a escrita ceifada com toda a força. Aquele mundo que me dava luz, fora jogado no espaço sideral, um universo paralelo muito longe do qual passei a viver/morrer.

Tudo que não tinha explicação era transmutado para conformidade, passei a crer em nada e tudo ao mesmo tempo, vazio, eu me preenchia de irrisórias decisões.

Nascera uma triste bagagem emocional, externava confusão ao falar e não conseguia ser aquele menino sonhador que brincava com as palavras. A verdadeira verdade que buscava foi apinhada de desordem, passei de um lado ao outro pelas estradas da vida.

O choro vinha na felicidade e a alegria na dor, me tornei um adverso do bem.

Só me restava adormecer de vez.

Quase ao fim dos trilhos da minha caminhada, avistei uma nuvem que descia do céu, nela estava um tal de Jesus, eu não sabia quem era ou o que queria, Ele apenas olhou para mim com os olhos brilhantes e disse-me:

-Venha a mim, filho meu, Eu sei que estás cansado e muito oprimido.

A verdade que tanto procuraste sou Eu.

Depois de falar, Jesus se aproximou, enxugou minhas lágrimas que caíam feito chuva e com um enlace apertado me fez sentir um consolo que nunca havia experimentado...

Tudo que havia acontecido, a partir desse momento foi zerado, a resposta que tanto almejei, encontrei, o vazio que antes me dilacerava, Jesus preencheu...

Felippe Lacerda
Enviado por Felippe Lacerda em 12/12/2017
Reeditado em 12/12/2017
Código do texto: T6196895
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