se achava

Na vizinhança tinha um moço chamado Carlos. Era homem maduro, educado, galanteador.

Observada as mulheres com idade já avançada e com certo poder aquisitivo, pois sua meta era chavecá-las ao ponto de fazer o que quiser com detalhes abusivos.

Ele encontrou na faculdade várias possíveis vítimas e havia professoras que poderiam cair em sua lábia.

Eis a professora Leila, a vítima ideal, com idade avançada, estabilidade financeira, viúva, solitária. Seria um golpe perfeito.

Com sua voz suave sempre tinha algo a cochichar aos seus ouvidos, com um pequeno detalhe: sussurrava propositalmente a fim de conquistá-la.

Pensando ser "o cara", investe sua coleção de palavreados com ênfase na conquista.

Feito um animal pronto para o bote, espera com paciência o momento certo.

A professora Leila conhecedora de seus princípios, faz-se de ingênua para ver até onde vai o senhor "cara de pau".

Aproveitando a solidão deixou-se envolver pelo Dom Juan.

Ele foi deixando a máscara cair, ela fingindo não perceber.

Mal acostumado o senhor Carlos a cada deslize, desfarça e ela se mostra ingênua porém sábia ao extremo.

A mentira dele sempre se enrosca até que um dia, sendo a gota d'água para ela, já que passara um anos e dois meses nessa enrolação, ela negou sua presença, já não era relevante as palavras balbucionadas por ele. Claro que representou muito bem o teatro, mas faltava algo, a verdade.

Ela escreveu uma carta dizendo:

Obrigada pelo teatro você é um ótimo ator, mas cansei desse cenário de comédia quero um filme mais romântico pois já assisti vários com o tema de terror e agora algo mais motivacional. Se é dinheiro que você quer, vá trabalhar assim como eu fiz e não me arrependo.

Sem mais sua professora e nada mais.

O Homem calvo pensou que levou vantagem, mas perdeu sua dignidade.

Chorou sua falta de carater, falso tanto quanto gato que ataca pelas costas.

Enfim o fim desse drama.

CIDA MOURA
Enviado por CIDA MOURA em 30/07/2019
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