O Golpista

No estacionamento público um homem apareceu para um rapaz e sua namorada falando assim:

- Meu amigo me deixe limpar o farol do seu carro. A nossa empresa trabalha com limpeza de farol e com certeza você não irá se arrepender.

O rapaz olhou pra aquele individuou e falou:

- Meu caro!... O carro não é meu moço. Vim aqui só comprar um negócio.

Mas o vendedor continuou:

- Meu amigo, faço direito e estou aqui para me manter. Deixe-me fazer a limpeza do seu farol, você vai ver que é um bom trabalho, pois até agora não houve um cliente que voltou aqui pra reclamar.

E o rapaz perguntou por perguntar:

- Quanto é o seu trabalho?

E o vendedor disse:

- Só dez reais patrão.

O rapaz falou:

- Não meu amigo, como disse, o carro não é meu.

E o vendedor mais uma vez insistiu:

Vamos, venha saia do carro e veja o meu trabalho.

O rapaz saiu do carro viu o serviço, no entanto ratificou:

- Já falei, o carro não é meu.

Mas aquele individuo, mal intencionado, não se deu por vencido e mais uma vez especulou:

- Pronto faço por seis reais. Seis reais patrão.

Quando a esmola é muito o santo desconfia, já dizia nossos avós, pensou a moça, mas não falou e o seu namorado até pra se livrar, enfim disse:

- Tá legal faz, faz...

Depois de trinta segundos o rapaz disse:

- Pronto patrão, olhe só. E pegou o rapaz pelo braço, o fez levantar do assento do carro e o levou para ver.

Sem dar muita atenção, visto que a ideia era se livrar disse:

- Tá, tome vinte reais e tire daí o seu.

O vendedor saiu um pouco e voltou dando-lhe dez reais e em seguida falou:

- Espere ai meu amigo, que vou trocar alí.

Ele seguiu à esquerda do motorista, que deu um credito de espera razoável e depois disse:

- Esse mulher, não volta mais.

E a moça falou:

- Se o carro não é seu, porque você aceitou que ele fizesse o trabalho.

Ele respondeu:

- Ora mulher, fiz porque ele não parou de me perturbar. O único erro dele foi faltar com a palavra, ponto que lamento.

E seguiu também à esquerda, mas não encontrou o malandro. Mais adiante até viu um carro de polícia, mas preferiu se reservar e deixar pra lá.

Depois refletiu e falou:

- Realmente, desse jeito, não há quem volte pra reclamar, pois reclamar pra quem, se ele vai e leva a empresa, embora.

Mais um segundo, já rindo o rapaz finaliza:

- Pensando bem mulher, ele precisa mais do que eu. A minha paz não tem preço.

E foi-se daquele local.