Condessa Maria Brazzi

ERA estigmatizada pela sociedade da sua terra. Boicotada em todos os sentidos. Achavam que era avançada demais e estava dando mau exemplo as jovens da cidade. Mas ela nem ligava, naquele final dos anos 60 usava uma minissaia e o decote mostrando as mangas rosas. Quando ela passava na frente do sinuca todos paravam de jogar e sempre alguém dizia: - Lá vem o pecado ambulante, a[í é que ela rebolava. E ficava na praça ou no bar com os rapazes rindo, fumando u cigarro e tomando cerveja. Era um escândalo. Namorou alguns rapazes da terrinha e de fora, pintou o sete. Os pais eram liberais e não ligavam para os comentários. Até o padre no púlpito falava dela, não dizendo o nome, mas combatendo essas moças que induzem ao pecado da luxúria.

Com o tempo e o boicote ele se cansou do lugar. E btou na cabeça de se mudar para a Itália.Foi parar lá.E não se sabe como casou com um conde falido. Faido mas bem relacionado.Resultado, ela que aprendera com a mãe a cozinhar botou um restaurante popular, e foi sucesso absoluto. Ganhou muito dinheiro. Bem de vida resolveu fazer uma visita a sua terrinha. Chegou num carro Mercedes com motorista, com o conde falido de lado.Ela bem chique com um casaco de peles. Na frente de casa o motorista abriu a porta e a Condessa Maria Brazzi desceu. Chiquérrima.Logo a notícia correu. Todos queriam ver a condessa. Convites para recepções apareceram, mas ela não atendeu a nenhum. Apenas vistou o bar, a praça e aponta de rua. E fumando e bebendo contava à rapaziada sua vida italiana. E ria a valer. Foi à Igreja, entregou ao velho padre um envelope com uma ajuda para as obras e caridadee disse a ele que era presente do pecado da luxúria. O padre recebeu e agradeceu. Alguns depois foi embora, mas disse que voltará em breve. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 17/01/2020
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