Ué, Hoje é Feriado?

Se é feriado nacional, rasgaram o calendário dos coveiros, garis, caminhoneiros, agricultores, padeiros, leiteiros, em detrimento da quarenta de protéticos, odontólogos e outros diplomados. Ah, em detrimento de vagabundos, também.

Aqui em Santa Genoveva dos Perdões, freira e beata mãe dos pobres e oprimidos, município fundado por italianos, as portas e janelas do Paço Municipal e a Câmara de Vereadores estão fechados desde do início de dezembro.

Duas coisas me precocupam: se os políticos, assessores e funcionários públicos receberam o salário no início do mês; como está tudo parado, não consigo pegar o par de dentaduras que o Prefeito Zé do Galo e o vereador Chico Bainha prometeram, se ganhassem a eleição retrasada.

Como Eu, está atrasado no tempo, mas não esqueci, não, Prefeito Zé do Galo. Espero que liberem as dentaduras, pois final do ano tem mais. Embora que Prefeito só são oito anos. É melhor continuar tomando sopa. Contento-me, porque o culpado por tudo isto é o Bolsonaro; como já foi do Temer, Dilma, Lula, FHC...; é o bafafá que comentam nas ruas.

21 de abril. Sim, e feriado de Tiradentes, que também deveria ser o dia da irônia; e se não é para o leitor, para mim é. Assim como nem todo dia, é domingo de macarrão com frango, a sorte não é distribuída quantitavamente para todos.

O que seria do eleitor se todo mundo fosse político. Resumindo: Eu com minha banguelice de boca murcha, saúdo Tiradentes pela data: parabéns herói José Francisco da Silva Xavier, nacionalista brasileiro. Se não fez nada de útil para mim, fez para alguns; o que é, extremamente importante. Sou mais o meu semelhante, que eu.

Com pá, picareta, enxada e a retro-escavadeira vou à luta. Devido os ventos e vírus que não param, sobrou trabalho intenso da semana passada para essa, de ante-ontem para ontem. Sabe-se lá com quantos presentes em caixas lacradas e sem laço fita amarela, me esperam.

Bom feriado, para quem pode ficar em casa. Cuide-se; onde estiver, quieta aí. O bicho, além de inquieto, tá pegano, que só! Acabam com tudo, até a alegria do pobre em ver futebol, churrasquear na laje, tomar uma birita com os amigos nos botecos e fazer selfies com a boca arreganhada cheia de implantes.

Mais tarde sai outra contagem dos descontentes, desamparados pela família.