Eu gosto do que balança!
Ana Clara é uma linda mulher de 22 anos, nunca vi nada diferente em seu comportamento nos bons tempos de escola. Mas ela resolveu me surpreender com uma proposta um tanto ousada quanto indecente!
Após concluirmos o ensino médio, a amizade permaneceu intacta. A escola ainda está ali, com as mesmas professoras, mas com outras alunas, com a mesma rotina, quer seja pela manhã, pela tarde ou mesmo noite! O movimento, a monotonia, a agitação do susto ou a calmaria, é a mesma, com uns personagens diferentes e com outros também parecidos...
Nem todos desapareceram da minha vida, alguns e algumas persistem integrando a minha história. Ana é uma delas! Ainda ontem bebíamos um chá com biscoitos, relembrado os bons tempos que ainda estão fresquinhos na memória e no peito, quando vem a surpresa:
— Sabe, Line?
— O que, Ana?
— Nunca te contei, mas sempre fantasiei algumas coisas contigo!
— Quê! - exclamei.
Nunca imaginei ouvir isso de um dos lábios mais desejados da rapaziada do colégio. Depois do meu "quê", apenas ouvi, mais nada falei. Deixei que continuasse:
— Desculpa te falar isso agora, assim do nada, Line, mas ainda ontem eu pensava como seria a minha primeira vez e pensava justamente que poderia ser com você - disse na maior tranquilidade e continuou - e lamentei quando você me disse que suspeitava que estava grávida numa manhã de aula. Pensava que você fosse virgem ainda; você nunca me contou que estava ficando com o Jadson.
Sem saber o que falar, perguntei:
— Ana, Ana... Ana Clara! Você ainda é virgem?
— Sim, sou virgem. Tanto de menino quanto de menina - foi a sua surpreendente resposta. Não o fato de ser virgem, mas o fato de gostar de menina. Era algo que eu sabia de sua prima Bruna, que já lambeu os lábios sem pudor quando me viu só de calcinha, certa ocasião.
— Você nunca teve vontade de experimentar não, Alline?
— Ana, sinceramente, eu gosto do que balança , cresce, fica duro!
Não esperava responder-lhe isso, mas falei numa naturalidade que até eu fiquei surpresa também.
— Nossa, Line! Agora você foi grossa - reagiu com animados risos - a qual emendei:
— Isso mesmo, gosto de grossa, daquelas cabeçudas e que me preencha toda - mordi os lábios e revirei os olhos, enquanto ela ria até chorar sem querer, com aqueles lindos olhos verdes.
Ela sabia que eu não tinha a pretensão de ser grossa , mas sim era essa a forma que tinha encontrado naquele momento para expressar o quanto sou ávida por homem, o quanto gosto macho, de rola. Eu também cai na gargalhada, mas ela não se intimidou:
— Mas você nunca pensou em experimentar ficar um dia com outra mulher?
— Não, Clarinha, eu não gosto de mulher.
— Mas como você sabe que não gosta, se nunca ficou? - insistiu.