*FACA NA GARGANTA*

Momentos cruciantes eu a menina Julia Medalha sentiria as amargas penas da vida, com coração dilacerado após o falecimento de minha mãezinha uma mulher guerreira cheia de vida, falecendo jovem com quarenta e oito anos, papai estava sofrendo muito se amavam com intensidade nos enlaçados elos dona Helena e Belmiro medalha sempre foram dois pombinhos felizes, papai não poderia deixar uma menina de apenas dezesseis anos entregue à própria sorte.

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Chegamos à conclusão que eu passaria alguns tempos com minha madrinha na Bahia sendo ela também irmã de Belmiro, um caminhoneiro que vivia mais nas estradas do que em sua própria casa , mas no final do mês tudo era festa ela o esperava dentro de um vestido alvo com um grande sorriso no rosto uma rosa vermelha no cabelo , o que lhe transformava em Deusa extrema do amor em sua carreta Belmiro vinha buzinando içando poeira, após abraços e beijos os presentes distribuídos, com a mão na cintura de Helena com a sua voz embargada pela excitação eles adentravam ao seu ninho de amor .

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Entre juras sussurros nos encantos da cópula na saudade doída , hoje posso entender o que representava o ranger da cama no vaivém dos ávidos corpos , mas nem tudo foi alegria no terceiro dia Helena minha mãe levantou-se cedo preparando uma carne assada temperada com vinho o aroma já dominava o recinto , meu pai na sala brincava comigo me perguntando sobre o nome do meu namorado, de repente ouvimos um barulho estranho na cozinha , corremos para ver o que era caída sobre a mesa minha mãe encontrava-se morta com um ataque cardíaco fulminante , em prantos ficamos sobre o corpo de minha mãe inconformados com que o destino nos tinha reservado.

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Após a missa de sétimo dia arrumamos nossas malas e deixamos minas gerias em direção a Bahia foi uma longa caminhada de cinco dias minha madrinha nos recebeu muito bem , meu pai contou-lhe toda a nossa história de imediato a boa senhora se propôs ficar comigo e que ele poderia seguir viajem sossegado ele ainda passou aquela noite comigo, no dia seguinte antes de pôr o pé na estrada ele tirou uma bolada de dinheiro do bolso e disse isso é para manter minha filha Julia até a minha volta no final do mês meu pai um homem honesto de caráter considerado, horas depois de sua partida as coisas mudaram minha madrinha entrou no quarto com a voz áspera e foi dizendo-me olha Julia não quero que você fique choramingando como uma bezerrinha desmamada pelos os cantos dessa casa .

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Fiquei atônita com aquela atitude, chorando cobrir a cabeça adormecendo, acordei altas horas da noite com uma voz masculina na sala perguntando para minha madrinha quem era aquela linda menina que estava no quarto dormindo então foi abrindo a porta do quarto lentamente para ninguém notar, me deparei com um homem em atos libidinosos com minha madrinha e com meninas que ainda não tinham deixado as suas chupetas fazendo sexo, com aquele homem um poderoso coronel do cacau.

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Sem dúvida ali era uma casa de prostituição onde ‘Beatriz Tostão’ como era conhecida nas aquelas paragens trambiqueira, prostituta, a nojenta dava o seu insaciável corpo pela melhor oferta em dinheiro. Ao me ver escondida atrás da porta , me puxou pelo braço para apresentar-me aquele homem papa anjo, sedento e sorrindo com sua boca asquerosa cheia de dentes de ouro, dando risada correu suas mãos nos meus seios , com atrevimento levantou o meu vestido e apalpou a minha genitália, olhando em meus olhos disse: vem sentar no colinho do titio , a desgraçada da Beatriz Tostão obrigou-me a sentar no colo do amaldiçoado parado , foi logo dizendo deixa de ser bobinha menina eu vendi para ele a sua virgindade vamos ganhar uma boa grana.

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Com o dia e hora marcada por Beatriz para o coronel desvirginar-me, dentro do sinistro prazo ele adentrou no meu quarto rasgando minhas roupas com violência, abrindo minhas pernas babando igual um cachorro louco sobre a minha virgindade, querendo estuprar-me pavorosamente, mas o que porco desprezível não sabia que existia uma faca afiada escondida embaixo do meu travesseiro. Num ato frio e calculado aproveitando o desvio de sua atenção entres bolinações repugnantes sobre o meu frágil corpo, sem clemência num golpe letal atravessei sua garganta com a faca vendo o descarado nu na agonia da morte caído no chão, uma força demoníaca naquela hora incorporou no meu corpo.

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Ah! Como dei gargalhada vendo aquele canalha morrendo sufocado no próprio sangue, na loucura insaciável não contida em mim joguei um pinico de mijo na cara daquela aberração. Beatriz Tostão foi presa condenada a muitos anos de cadeia, todas aquelas pobres meninas que foram abusadas naquele covil pecaminoso foram conduzidas aos órgãos competentes.

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Hoje eu sou a famosa caminhoneira Julia Medalha a cabine do meu caminhão é minha morada pai e filha viajam felizes pelo chão batido do nosso Brasil.

SAM MORENO
Enviado por SAM MORENO em 20/02/2008
Reeditado em 23/06/2021
Código do texto: T867057
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