FESTA NA ROÇA - DÉCADA DE 50

Aos 13 de junho de cada ano, a vila de Santo Antônio amanhecia enfeitada, com arcos de bambus. Multicores bandeirinhas de papel de seda, coladas em cordões de barbante. Bem cedinho acontecia a salva de 21 tiros, acompanhada pela banda de música do maestro Antonio Felizardo, a famosa Lira São José. As garotadas se alvoroçavam para apanhar com os fogueteiros os restos dos foguetes estourados.

Após a santa missa, procissão com a imagem do padroeiro Santo Antonio, onde as moças que moravam nas cidades vizinhas, vinham para pedir ao santo, bom casamento, Havia uma moça, chamada Zora Ionara, que fazia sua prece assim: “Meu querido santo protetor, para mim não peço nada, pois não mereço, mas para a minha mamãe dei-lhe um genro bonito e trabalhador.” No esporte, acontecia futebol, o jogo do América dificilmente perdia em seu gramado.

Os leilões gritados pelo Sr. Zé Português, muitas prendas eram doadas pelos moradores da vila.

A tarde era apresentado desfile escolar, coordenado pela professora Maria Célia Pestana.

Os rapazes animados tentavam subir no pau de sebo, para pegar o prêmio.

Homens e mulheres, empregados da fazenda Santa Cruz dançavam em torno da fogueira, com os pés descalços acompanhado pelo batuque do caxambu.

Nesse meio tempo já apareciam as figuras folclóricas: quadrilha junina com casamento caipira, boi pintadinho, mula sem cabeça, jagua, pai joão e mãe maria.

O festejo era encerrado no salão, com baile romântico, pares coladinhos e a queima de fogos de artifícios na torre da capela.