COISAS DA PRAIA - O RELAXAMENTO

COISAS DA PRAIA - O RELAXAMENTO

FlavioMPinto

Não é segredo, nem se duvida, que mal surge o primeiro sinal de calor e Sol de verão, o Rio Grande se volta para NE e marcha célere para a Freeway rumando ás praias. Uma revoada pelas mais transitáveis rodovias até o lagoão salgado.

Lá chegando, todos se instalam em feudos particulares, seus ou alugados ou mesmo a convite sem custo, com todas as regalias que tem direito.

Esquecem tudo que deixaram na sua cidade e se atracam no barulho e a falta de respeito a tudo que respeitavam. Relaxam e não respeitam. Esse é o sentimento. A praia não é sua. É de passagem.

O caso já começa no trânsito com as barbeiragens propositais da preguiça e absoluta falta de atenção, como por exemplo fazer retorno onde não é permitido ou ocupar vaga onde cabem 3 carros com um. “ O outro que vá procurar outra vaga, ora!”. E dane-se.

Lá é lá e aqui é aqui, com certeza pensa quem não é da cidade e aí....

Assim também vale para o barulho. Os donos dos potentes saídas de som dos pequenos automóveis agem como cachorros pequenos que latem muito. Não mordem, mas incomodam. Os donos devem ser surdos. Normalmente querem de bom grado compartilhar seu gosto com quem está em toda quadra e não esperem U2, Betânia, Titãs. E dale música caipira e pagode de ilustres desconhecidos de gosto duvidoso. Sei que cada um tem um gosto, mas eu não imponho o meu!

Existem outros vícios que achei que estavam superados, como furar fila. Em supermercado acontece muito. Ainda mais em dias de praia lotada.

As praias até que estão mais limpas, mas poderiam estar melhores se não fosse a educação de quem a freqüenta. Os locais não gostam da sujeira.

As administrações municipais se esmeram em planejamentos, mas não conseguem evitar os contratempos do trãnsito e a sobrecarga nos serviços de água e esgoto e atitudes alguns vindos de cidades distantes.

Assim também como aquele gaúcho,que não imaginava que o mundo fosse redondo e pequeno, e foi flagrado com um carrinho cheio de compras e a segunda montada num supermercado.

É, nas cidades de veraneio o pessoal se esbalda e se deixa levar pelo natural relaxamento que o verão e o mar proporcionam.

Talvez esteja exagerando, mas o que vi foi isso.