A MORTE DA EGUINHA

Dezembro, mais provavelmente dia 27, logo cedo, ao abrir a loja, vem uma égua novinha, deitada a beira da pista, aguçando a curiosidade de todos que por ali passava ou estava. Algumas indagações surgiam, será que está morta? Ou simplesmente cansada? Eram algumas delas. As horas passavam e o animal continuava lá até que um mais curioso e talvez um veterinário popular, rsrsrsrs!!! Deu o diagnóstico: Morreu!

A comoção tomou conta dos transeuntes, mas, o animal continuava lá. Achei que algumas pessoas de bom coração poderiam ligar para os órgãos responsáveis em nossa cidade (Se é que há) kkkk!!! Também lembrando que poderia ser eu a pessoa de bom coração, mas, no momento não era eu, pois iria a capital, saldar algumas dívidas ( Mas eu tinha celular, porque não liguei?” Bem, justifico depois, afinal, nem imaginei que tinha um, que serviu apenas para fotografar o momento e, mesmo assim, sem saber usá-lo não salvei as mesmas. Rsrsrsrs! Como provar o que vi? Bem, as pessoas que ali estavam podem servir de testemunhas.

Ao voltar da capital, o corpo do animal ainda estava lá. Lembrei de imediato Silvio Luís em uma de suas narrações, onde o mesmo falava o seguinte bordão: “Minha nossa Senhora! Eu Vi! Ta lá um corpo estendido no chão!” e realmente o corpo do pequeno animal continuava lá.

Por volta das 15 horas, chegou um funcionário da prefeitura e conversava com quem parecia seu chefe, logo chegou uma caçamba e também alguns outros funcionários, totalizando seis “orelhas seca” (Trabalhadores de baixa patente – Serventes). Um deles com uma corda na mão amarrou, as patas do bicho e juntos aos demais serventes tentaram por várias vezes colocar o mesmo em cima da caçamba o que não conseguiram. Mexe para lá, mexe para cá e nada. Afinal, onde estava a força de seis homens que não conseguiam erguer uma égua de nada mais nada menos de 100 quilos? É, mas de um jeito ou outro ele puseram o corpo entre o vasculhante e a gabino da caçamba. Assim levaram o corpo do bicho sei lá para onde já que na cidade não tem incinerador. Mesmo assim, tendo resolvido-se este por menor, fica alguns questionamentos:

1- Onde se encontrava o dono daquele animal?

2- O que se fazer o para resolver este problema de saúde pública (animais (cachorros, gatos, galinhas, porcos, cavalos, vacas e outros )soltos ao léu?)

3- Onde estão os vereadores da cidade?

Quem souber, por favor, cobre seu voto, faça valer sua cidadania para termos uma cidade melhor. Sem politicagem.

MIGUEL NASCIMENTO

Rio Largo, 27 de Dezembro de 2010.