NUNCA É TARDE! - Capítulo XV

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS QUATORZE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Antes tivesse ouvido Madalena, pois me aconteceu uma coisa que não estava esperando. Saí da loja, entrei em meu carro que estava estacionado a poucos metros. Fui bem tranqüila. Cheguei à fábrica. Fui falar com o gerente. Para chegar à sala do "dito cujo" teria de subir uma escadaria que dava pregiça só de olhar.

Fiquei esperando numa saleta à espera de sua boa vontade em me atender.

Atendeu primeiro dois homens que chegaram depois de mim. Eu já fiquei meio nervosa.

Quando me atendeu:

- Sr. Carlos? Francisca proprietaria da Casa de Peças Paulista.

- Sim. O que deseja?

- Estou aqui para ver o que aconteceu com as peças que recebi do lote 382, como consta nesta nota. - tirei a nota da pasta para mostrá-lo. Ele me ouvia, mas não olhava para mim, escrevia enquanto eu falava.

- O senhor quer fazer o favor de prestar atenção em mim. Afinal eu sou sua cliente há anos.

- Ah! Sim, me desculpe. Mas eu não tenho costume de receber mulheres de negócios em meu escritório.

- Ninguém melhor do que eu para resolver meus problemas. E pode ir se acostumando que daqui a muito pouco tempo as mulheres estarão à frente de muitos negócios.

- Aí não vai dar nada certo.

- É? Então como você me explica sair dessa fábrica de renome internacional, que é gerenciada por homem, que os proprietários são todos homens, os operários são homens, sair daqui peças com defeitos que são vistos a olho nu? Me explica, vamos dei-me uma explicação lógica! - falei já com a voz meio alterada.

- É muito simples, isso pode acontecer em qualquer empresa de grande porte.

- Então prove que os homens dessa fábrica são super eficientes. Eu exijo a troca imediata na minha loja, hoje mesmo. São duas horas. Se até às seis não for solucionado o meu problema, eu tomarei outras providências!

- Calma minha senhora. Eu estava brincando, no mais tardar até as cinco horas eu prometo a senhora que estarão entregues, a senhora me desculpe, por favor e eu não havia notado o estado da senhora. Por favor, dona Francisca, me perdoe!

- Claro! Todos nós podemos cair em cinco minutos de bobeira. Até logo!

Saí daquela sala a mil por hora.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 10/01/2007
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