NUNCA É TARDE! - Capítulo XVII

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS DEZESSEIS CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Juliano nasceu no dia 28 de julho de 1956.

Foi tudo muito bem depois do parto, mas o médico descobriu um probleminha no bracinho esquerdo. Então constataram, na queda o bebê havia quebrado a cravícula.

Coitadinho, já nasceu sofrendo.

Mas logo tirou o gesso e ficou um menino normal.

Não consegui ficar por muito tempo longe dos negócios. Com apenas vinte dias voltei ao trabalho. Não normalmente, mas passando sempre uma olhadinha em tudo.

Não sei se foi devido a esse fato, mas sei que arrumei uma dor de cabeça que sofro até hoje.

- Isso, essa dor de cabeça que a senhora sente, dona Francisca, é resgüardo quebrado, também uma danura, num podia ficar quieta de resgüardo, ia logo querendo dar uma de durona, oia aí o que que arrumou!

Estas são as palavras de Marina, todas as vezes que me queixo da maldita dor de cabeça.

Voltando ao passado, Juliano foi crescendo cada dia mais bonito e inteligente. Naquele tempo já existiam as pílulas anticoncepcionais, mas evitava de tomá-las, pois os médicos não aconselhavam, devido os efeitos colaterais.

E com isso quando Juliano completou um ano, de presente veio Jorge, que nasceu aos 3 de agosto de 1957, também muito saudável.

O tempo entre um e outro foi se encurtando. No dia 18 de junho de 1958 nasceu Juscelino, seu nome em homenagem ao presidente de República que na época estava no despertar da nova capital do Brasil a qual traria grande progresso ao centro-norte do país.

Jurema e Janete são gêmeas, nasceram em 22 de setembro de 1959.

A gravidez das gêmeas foi muitíssimo perturbada. Os médicos do Hospital das Clínicas ficaram espantados. Como pode uma gravidez tão cheia de obstáculos e nascerem duas lindas meninas, pena que foram geradas em placentas diferentes e não são muito parecidas: Janete é José Onório escrito e Jurema se parece mais comigo e tem muito de minha mãe.

O parto foi uma cesariana muito arriscada e ligaram minhas trompas sem mesmo a permissão de José Onório.

Depois do ocorrido, eu ainda não sabia.

- Meu amor! Os médicos acharam por bem fazerem uma cirurgia para que você não tenha mais filhos.

Eu estava muito fraca e com isso muito sensível e comecei a chorar como se não tivesse nem um filho.

- Calma, meu amor, a vida não acabou, nós temos cinco maravilhosos filhos, três homens e agora este par de rosas mandadas por Deus. Ele na sua infinita sabedoria soube dousar tudo. Agora você não pode ter mais. Ele mandou-nos duas. Se você tivesse outra gravidez como esta, estaria arriscando sua vida em oitenta por cento. Eu estou muito satisfeito e sei que você está ainda abalada, mas logo, logo entenderá.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 15/01/2007
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