NUNCA É TARDE! - Capítulo XX

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS DEZENOVE CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Eu e Marina conversávamos:

- Hein, dona Francisca, como a senhora viveu com seu marido esse tempo todo se não gostava dele?

- José Onório não era um homem comum, Marina, ele conseguia cativar qualquer pessoa e a pessoa conviver com ele, como eu já te disse várias vezes. Eu não tinha por ele aquele "amor" de novela, mas gostava muito dele e consegui viver com ele vinte e três anos felizes. Quando ele era vivo eu era muito mais feliz. Por isso que resolvi vir aqui pra fazenda e ocupar meu tempo com as vacas, porcos e galinhas para ocupar bastante o tempo para não me lembrar do passado. José Onório adivinhava meus pensamentos...

- Ê, dona Francisca, num chora, a vida é assim mesmo, a senhora pelo menos teve alguém e eu que nunca tive ninguém por mim, nem pai, nem mãe, nem nada, a senhora começa chorar depois tem que tomar calmante, isso num é bão pra senhora.

- É, Mariana, você tem razão, eu tenho de parar com isso. - falei enxugando as lágrimas.

- E a senhora tá nova ainda, bem que podia arrumar um namorado. - disse Marina.

- Deixa de ser boba, Mariana, além de não estar mais na idade de namorar, José Onório deixou-me mal acostumada. Eu se fosse arrumar outro queria que fosse igual a ele e igual a ele não irei encontrar nem se porcurasse de luz acesa. E você, Marina, nunca falou sobre sua vida.

- Ah! dona Francisca, num tem graça. - falou triste.

- Mas já que estamos falando sobre o passado eu gostaria de saber.

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 08/02/2007
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