NUNCA É TARDE! - Capítulo XXV

CARO(A) LEITOR(A), ESTE CONTO É ESCRITO EM CAPÍTULOS. PARA ENTENDER MELHOR A HISTÓRIA, SUGIRO A LEITURA DOS VINTE E QUATRO CAPÍTULOS ANTERIORES. UM ABRAÇO. MARIA LÚCIA.

Marina continuava a história do pai, com a moça misteriosa:

- Ela começou a exigi de pai roupa boa, bota bonita, e outras coisa. Pai num tava bem de situação e tinha de si virá. Um dia, quando a fazenda tava quase acabada, ela teve uma briga lá com o André e ele foi corrê dela, no fundo da casa, num é aquela casa lá, não, a que nóis morava foi derrubada, era mais pra baixo. Como eu tava falano, no fundo da casa era o rio e André foi atravessá o rio pra fugi pra casa do padrim dele e afogô e morreu no rio. Curpa dela, aí ela chorô, falô pro pai que ele tava era brincano com os outro e pulô no rio. Ninguém desmentia ela, porque morria de medo dela quemá eles. O tempo foi passano e a miséria apoderano de pai. Um dia pai tava pra lavoura e Bia arrumô as bruaca e assobiô e apareceu o tar cavalo que ela chegô nele. Ela montô e saiu em desparada sem falá nada pra ninguém. Diz Jó, que nóis ficou tudo enfilerado olhano ela na estrada até sumi. Quando ela sumiu todo mundo pulô de alegria. Quando pai chegô, ficô louco, bateu ne nóis tudo, quebrô mesa, quebrô banco, jogô panela no terreiro, pintou o sete. Arreiô o cavalo e saiu doido atrás dela e falô pra Jó, que num sabia que dia vortava. As criação já tinha morrido quais tudo, então nóis foi ficá cada um com seu padrim...

Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles
Enviado por Maria Lúcia Flores do Espírito Santo Meireles em 14/02/2007
Código do texto: T380946