Kilimanjaro Dia 2: “I have nothing!”

A alvorada foi da pior forma possível. O título do texto foi a reação de uma turista canadense, roubada em todos os seus pertences de valor. Foi a primeira frase ouvida no dia, ainda sem a luz do sol. Reuniões sucessivas entre guias e carregadores das 3 ou 4 excursões presentes naquele acampamento. Clima tenso, abalando a boa expectativa para o dia. Ajudamos a moça com algum dinheiro e boa sorte. Era o possível naquelas condições. O episódio foi péssimo, alterando a rotina. Passaporte e meios de pagamento passaram a receber vigilância especial. Havia um ladrão não identificado nos arredores e não gostaríamos de ser as próximas vítimas. A prática cuidadosa durou toda a excursão.

Continuamos nosso caminho pela floresta por cerca de 1 hora. O avanço foi muito lento. Todo cuidado é necessário para evitar os males da altitude. Em seguida, as árvores maiores são substituídas pelos arbustos de pequeno porte. Pausas para hidratação e fotos.

“Quando veremos o Kilimanjaro pela primeira vez, pergunto? “Tomorrow” (amanhã), foi a resposta. Subimos um morro e a trilha seguia para a esquerda. Após uma curva, temos nossa primeira visão da montanha! Magnífica! O guia não planejou uma surpresa. Palpito que foi falha na comunicação mesmo...

Como um turista japonês, tirei centenas de fotos. Muitas idênticas, outras testando as opções manuais da máquina. Escrevo o relato de frente para o cartão postal. Paro longos momentos apenas observando o Kilimanjaro, hipnotizado. Imagino o céu durante a noite. Sem luzes artificiais nos arredores, sem nuvens e com altitude. A combinação ideal! A conferir.