ELA! A ESPECIAL! (fato real)

Hoje amanheceu um belo dia ensolarado, como sempre acontece em minha vida e quase de toda dona de casa, estava e a executar as minhas tarefas caseiras. Primeiro dirigi-me ao varal para estender as toalhas de banho e logo, a pia de pratos sujos, que havia dormido em desordem. Na minha segunda tarefa, deparei-me com uma formiguinha, já num banho de espuma e forte jato de água da torneira. Até pensei que tivesse me acompanhado através da minha roupa, assim quando vim do varal, mas não. Logo pude ter certeza que ela veio do varal, porém chegando até a pia por um caminho cheio de desafios. Outros dias já havia percebido que muitas da sua família lá estavam a subir e descer também naquele varal. Assim, por sua vez, jamais imaginava das suas felizes e tristes histórias. Bem, de repente estava ela a perambular por cima dos pratos, aquela formiguinha que já se debatia com muita aflição, (eu) podia sentir o perigo que lhe cercava. Muito desesperada, mesmo assim, conseguia chegar nos topos mais altos das peças que ali estavam, mas para ela que era tão pequena e frágil, diante de toda a tempestade tudo era em vão. Foi aí, durante a sua agonia que, de repente percebi que fui envolvida por um sentimento muito bonito. E, de forma instintiva foi a vontade de salvá-la! O sentimento comovia-me em salvá-la, afirmando assim não ser a hora da formiguinha morrer. Ao mesmo tempo percebi que nós, seres humanos, somos insensíveis, até por ser um bichinho sem importância e perturbador, logo pensamos assim! Então a peguei com muito carinho e levei-a até a janela, e pude então perceber a felicidade que a envolvia, subindo e descendo pela janela, como se dissesse: Ufa! Dessa me salvei! Logo depois, ainda movida pela minha emoção, (a sensação me cobrava observá-la), percebi que já não mais estava tão apavorada e passeava até alegremente, mas com certeza ainda assustada, porque de certo ainda não tinha se recuperado do susto. Resolvi mais uma vez ajudá-la. E foi então que voltei à janela para ajudá-la a encontrar o seu caminho. Para minha surpresa, havia mais formigas por ali. E eu? Como vou identificar a ‘minha’ formiguinha? Chamei-a de ‘minha’! Por que já que passei a dedicar uns minutos de atenção a ela, para mim, tornou-se muito mais especial! Então concluí mais uma prova de que nada é por acaso. E assim tive uma grande idéia: comecei a pegar a primeira formiga e foi um verdadeiro sufoco! Ela não queria aceitar a ajuda, com muito sacrifício e ajuda de um objeto (pires), consegui capturá-la. E veio a segunda e a terceira a mesma forma, mas a última, ou seja, a quarta formiga, há! Essa me aceitou! Calmamente, ela dispensou o objeto (pires) e veio suavemente até minha mão. Eu continuei observando-a, e vi que esta era realmente a formiguinha com a qual tive algo em comum. Que se salvou porque ainda não era a sua hora chegada! Ainda observando-a, percebi que fazia gestos com suas pernas e mãos (braços) como num gesto de agradecimento. E eu a levei para o seu destino, onde sempre deverá estar; em família.

ALMA DA LUA
Enviado por ALMA DA LUA em 26/08/2005
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