DUAS

Na tentativa de entender natureza(s), o encontro. Lá estava... farta de medíocridade... aproximou-se aparentando ausência completa de medo. Era uma terça feira à noite, céu pretinho como que recém-saído de um desenho infantil. Nuvens brincavam livres acima daquela corpo surpreso e disposto. Dançava... e naquele instante era tudo... precisava.

De repente, o telefone toca. Um número desconhecido piscava em azul. Durou apenas o instante necessário à curiosidade. Parou! No sentido contrário, a voz sem rosto era íntima e dava explicações... Justificava-se por que motivo?

Nascia ali, algo que mais parecia defesa que naturalidade, mas juntou-se e debruçada na possibilidade de tornar verdade tudo que intuia, abriu as portas à farsa e sentou.

Conversaram longamente a fim de sentirem-se bem; de entender, de construir... até que ouviu-se um coração gritando. Outro alertava paciente... e não custou para que uma orquestra cardíaca batucasse harmoniosamente frenética.

Ansiavam igualdade de sentimentos.

Queriam um mundo de pele clara, cabelos e dedos longos, olhar de quem pode aquietar-se assim que quiser e sorriso sem grades.

Não conseguiram.

O mundo era esperto demais pra elas duas, certo demais pra elas duas, de uma firmeza insuportável... pras duas.