"Pobre Milionário"-Conto Curto.

Cristopher andava chateado, desanimado com as mulheres, pois só viam nele seus milhões e o cercavam e assediavam por dinheiro.Não tinham interesse nele, em sua vida, em seus gostos, mas ,sim, no que lhes poderia proporcionar. Entretanto, um dia ele conheceu Graziela ,uma bonita mulher, com grande sucesso profissional e que não dependeria dele para viver e mais, ela se mostrou interessada em sua pessoa. Cristopher então, planejou um jantar para os dois, quando declararia sua intenções sérias e cavalhereiscas. Antes ,porém, de chegar ao restaurante especialmente escolhido para a ocasião, passaram por uma conhecida loja de roupas no shopping, e Cris viu Graziela extasiada com um vestido que ela disse ser além de suas posses. Imediatamente, ele se prontificou a lhe dar o vestido .Gabriela olhava ,deslumbrada, a peça quando ele se afastou para pagar , retornando, entretanto logo e a tempo de ouvir o sussurro dela, que não percebeu sua volta:"-Ah, ele vai me dar milhões de vestidos assim, todos os vestidos,joias e perfumes que eu quiser, isto sim!Este só, é pouco!" Cristopher escutou calado, empalideceu, enrubesceu de ira e se controlou, dizendo friamente:-"Graziela, gostaste, não? Então vem, quero comprar mais algumas coisas para ti, e a pegou pelo braço e a levou por toda a loja adquirindo vestidos, sapatos, bolsas, lingeries, joias, enfim, quase derrubando todo o magazine diante de uma Graziela atônita e cheia de sacolas. No momento da saída, ao pagar, ela agradeceu:

-"Querido,quantas coisas lindas tu me deste "!Cristopher, já recuperado do choque se virou:

"-É isto mesmo, Graziela! Eu te dei muitas “coisas” , sim, pois percebi que “coisas” tu mereces ,mas o meu pau, o meu amor, isto eu nunca vou te dar! E virou as costas e se foi.

Naquela noite, em Paris, um jovem e belo milionário que se refazia de uma desilusão, tomou um grande porre de champagne e pagou em dobro a mais cara prostituta da cidade e, dizem, que o fez com muito prazer.

Suzana da Cunha Heemann
Enviado por Suzana da Cunha Heemann em 28/03/2015
Reeditado em 28/03/2015
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