NÃO É MERA COINCIDÊNCIA!
Fitou, ímpio, o prego à madeira de lei
Caraminholas e seus familiares espanavam-lhe a cuca
- Podia ter nascido parafuso! Teria o apoio da furadeira
[nem careceriam de precisão as mãos].
- Poder-me-ia, hoje, ser a própria peroba
Ou quiçá a cerejeira [o sucesso seria fato!]
Também, ruim não seria se eu fosse arrebite
Incumbir-se-ia a tecnologia de me colocar com carinho.
- Mas, vejam quem eu sou e onde estou agora!
[e se me cravassem em buraco já feito... nem doeria tanto]
Devia ter tido mais sorte, seria um alento
Tantos outros empregos, como cama para faquires...
Toque, toque... TOQUE!
E toda a inutilidade se dissipou
Toda incerteza se apagou
Toda inocuidade faleceu diante daquela brutaz ferramenta.
Os espectadores pontiagudos contam que até a cabeça se perdeu
Havia “um quê” de ódio no olhar da sanguinária
E quatro letrinhas gravadas em sua face de labor:
“VIDA”.