Água que queima
38º, verão do ano de 2001; louca pra chegar em casa, sedenta, sigo imaginando o gélido da água fresquinha a descer pela garganta.
Mal entro em casa, jogo a bolsa no sofá e vou direto à cozinha, abro o refrigerador; garrafa; copo; encho-o com aquele líquido.
Uma secura na boca e com um gole só, passa pela garganta mas quando cai no estômago!...
Uiiiiiii... Uma ardência, parece fogo a me queimar as entranhas.
Um calor toma conta do meu corpo, um rubor nas faces. Sinto-me um dragão a lançar labaredas de fogo pelas ventas...
- Era água... Das mais ardentes!