Sem título!

Qual título?

(Só leia se tiver um tempinho disponível)

Li uma poesia que dizia “O poeta é um garimpeiro”, li um contista dizendo que:

“Todo contista é fofoqueiro”, li que todo Cronista precisa seguir regras e normas. Como não me considero nas classes literárias acima, porque simplesmente escrevo (ou tento) o que vi, senti e vivi.

As definições de literatura que tenho lido (Inclusive aqui no Fórum) me deixaram em dúvida (vou rasgar estas porcarias de diplomas (Que não tem nada a ver com LITERATURA) e voltar para os bancos escolares para que no mínimo consiga compreender o que é). Enquanto isso com meus 5.5, razoavelmente bem vividos e bem amados vão descrevendo os fatos e as emoções sem o mínimo de expectativa de ganhos materiais. Espero (e muito) uma palavra que diga que compartilhou comigo o momento.

Depois desse enunciado o que eu quero mesmo é saber qual o título que devo dar a esse texto:

Pensei inicialmente em Justiça de merda, depois mudei para merda de justiça, mas achei que ficaria fedendo e pensei em Ladrões de Justiça, voltei atrás porque ninguém pode roubar o que não existe (pelo menos no Brasil), existe o Modus Operandis, mas não existe o objeto do crime. Coloquei então “Injustiça”, mas novamente para afirmar uma injustiça teria que ter um parâmetro (pelo menos por aqui) do que seja justiça.

Então deixo aqui um pedido especial:

Por gentileza me deixem um título.

Eis, pois, o porquê do dilema:

A conta de Água da minha casa nunca passava de Quarenta reais, não passava!

No mês de setembro do ano passado veio com o valor de 1.600,00(Um mil e seiscentos reais) no mês de outubro 2.400,00 reais.

Permitam-me algumas considerações:

1-Não possuo lava - rápido

2-É residência.

3-Não havia (conforme laudos técnicos) qualquer vazamento.

Obviamente fui imediatamente reclamar.

...

-Vamos mandar um técnico (da fornecedora) para ver o que está acontecendo.

Três dias depois.

-O nosso técnico confirmou que houve uma adulteração no Hidrômetro, tinha uma agulha fincada dentro do relógio. E o Senhor vai ter a sua água cortada!

Pasmem agora!

-O senhor que adulterou o Hidrômetro?

-Meu amigo, já vi muita gente roubar, mas nunca vi alguém roubar de si próprio.

Qualquer pessoa com o mínimo de inteligência sabe disso!(já puto da vida)

-O senhor está me chamando de burro?

-Não estou chamando, só confirmo que não precisa ser inteligente para deduzir.

Não falei mais nada, e não consegui, tomei uma porrada que me jogou fora da cadeira.

E a mesma cadeira foi bater (sem querer) na cabeça do burro, isto é do atendente.

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Polícia, processo, advogados (Arre!).

Primeira Audiência –

Eu com cara de tacho, e o meu advogado com o advogado da Cia. de Águas, antes da escrivã chegar, combinavam uma pescaria (senti que ali tinha truta).

Chega a Juíza.

-Bom dia Doutores (Será que ela sabe que Bacharel em Direito não é Doutor?).

-Bom dia Meritíssima

Disseram os dois ao mesmo tempo como um jogral de jardim de infância

-Chegaram a algum acerto?

Minha ação foi de danos morais e acerto do valor real do consumo.

O advogado da empresa falou que a mesma não aceitaria e tampouco acertaria o valor porque houve fraude no hidrômetro.

O meu advogado então num lampejo de inteligência diz:

-Nós vamos “produzir provas”.

Esbocei uma reação e ele baixinho me disse que eu não poderia me manifestar.

Fiquei com a boca aberta (e punhos fechados) quando o Advogado da empresa diz em claro e bom som:

-Meritíssima se o advogado do Sr. Kia quiser “produzir” provas nós aceitamos, se ele “produzir” duas nos “produziremos “quatro, se ele” produzir quatro nos produziremos oito”.

-Então está certo! E está marcada então uma nova audiência para 30 de agosto!

Você iria?

Eu com certeza, não vou, não gosto de perder tempo com idiotas!Ainda mais discutindo justiça aonde não existe!

Por favor, lembre-se de sugerir o título!