O ABRAÇO

Na manhã de natal quando a cidade ainda adormecia da festa que antecede o grande dia, foi nesse clima de silêncio que recebi o ABRAÇO. Estava carregado de saudades; de amor. Menos de um minuto durou os nossos corpos entrelaçados, mas o suficiente para reviver a paz e segurança que aquele abraço sempre significou.

Abraça-lo novamente depois de meses sem vê-lo, foi como resgatar algo que estava pedido há muito tempo; perceber que apesar de tudo o amor sempre estará presente entre ambos, mesmos estando trilhando caminhos diferentes.

Aquele abraço não era de desejo do tempo que vivemos juntos, era muito mais significativo, porque a energia que fluía de nossos corpos demonstrava um amor que vai além de um casal. Amor ágape. Esse amor perfeito sem sombras, tristezas ou qualquer tipo de defeitos.

E foi nesse abraço que pode constatar o quanto o amo, não como homem, mas irmão de espírito, de alma que jamais será desfeito e em todas as existências sempre estaremos conectados, nos auxiliando no progresso, apesar de não estarmos juntos fisicamente.

Como de costume, enquanto passava um café, conversávamos sobre nossas vidas, e como foi bom saber das novidades! Sorrir e relembrar de alguns acontecimentos do passado. Ah! Nostalgia como nos faz bem. Quase uma hora depois nos despedimos, dessa vez não ouve mais o abraço, apenas uma até logo. Contudo, jamais esquecerei daquele ABRAÇO na manhã de Natal.