T r i g é s i m o q u i n t o

...depois de quase dois anos na universidade consegui experimentar os lábios quentes de Marcela.

Era uma dessas sextas-feiras à noite. Eu deveria está numa aula chatíssima sobre estatística, mas no lugar disso, estava no meio de uma calourada, com um copo de vinho barato, - que eu desconfiava está misturada a outras substâncias -, que meus novos amigos calouros me ofereceram... Até Arriscava alguns tímidos passes de funk. Nem preciso enfatizar o quão ridículo eu parecia, mas havia uma causa maior e ela se chamava Marcela. Ela estava há poucos metros de mim, dançando até o chão e rodeada de admiradores. Foi num desses momentos que a música muda seu ritmo que ela se virou e me olhou nos olhos. Ah... E que olhos lindos os dela. Por um momento vi surpresa em seu rosto, mas logo se transformou em malícia, ou talvez tenha sido tudo fruto da minha imaginação. Ela caminhou sedutora até onde eu estava e sem tirar os olhos de mim, um só minuto, me tomou aos seus braços. Ah... Que lábios quentes ela tinha... Depois disso, todos alí a aplaudiram. Eu logo fui deixado de lado meio constrangido, ao mesmo tempo que eufórico. Pelo visto, ela acabará de vencer um concurso de beijos. De alguma forma, todos saímos ganhando.